Que críticas podem ser feitas ao socialismo colocado em prática em vários países??
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yanhez CRÍTICA DA CRÍTICA AO "SOCIALISMO REAL" O termo socialismo real tem sido utilizado vulgarmente, tanto por pesquisadores quanto em sala de aula, para se referir aos processos revolucionários dos países que implementaram o socialismo ao longo do século XX. Geralmente com grande carga de propaganda negativa, o termo ignora o referencial teórico/ ideológico dessas próprias experiências, guiadas pelas contribuições de Marx, Engels e Lenin.
Desde o surgimento das sociedades de classes, surgiram em diferentes povos, pensadores com idéias baseadas na divisão das riquezas e no equilíbrio econômico-social de todas as pessoas, essas idéias ganham corpo e força com o advento da Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX, já que com o surgimento de um novo sujeito histórico, a classe trabalhadora, surgia também uma nova força social capaz de colocar essas idéias em prática. Surgem então novos pensadores (Owen, Proudhon, etc.) que retomam esse ideal de justiça social plena, guiando teoricamente a luta popular contra a exploração característica do modo de produção capitalista. Porém, apesar da dedicação e das boas intenções, essas idéias socialistas careciam de fundamentos científicos, estes pensadores idealizavam uma sociedade perfeita, mas viável apenas em suas cabeças. No entanto, na segunda metade do século XIX, a luta dos trabalhadores se eleva a um novo patamar. O aprofundamento do desenvolvimento do capitalismo e o acirramento da luta de classes lança novos elementos que serão estudados por 2 pensadores alemães, Friederich Engels e Karl Marx, cujos resultados serão difundidos entre o movimento operário principalmente através da Associação Internacional dos Trabalhadores, a I Internacional e também (durante certo tempo, até sua falência ideológica no início do século XX) pela II Internacional.
Em 1880 Friederich Engels escreve a obra "Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico", no qual descreve todo o desenvolvimento histórico por trás do surgimento das teorias socialistas e apresenta as diferenças fundamentais entre a sua linha de pensamento (desenvolvida junto a Karl Marx) e de todos os outros autores precedentes, demonstrando a superação das idéias pré-marxistas pela ciência do materialismo dialético.
As bases do Socialismo Científico não são compostas apenas de boa intenção, ou idéias mirabolantes sobre um "paraíso na Terra", mas sim por conclusões conquistadas através de uma análise científica da humanidade, seu desenvolvimento histórico, o pensamento filosófico, suas características biológicas, as leis que regem a economia capitalista, etc. E como ciência, essa corrente está sim aberta à novas contribuições, à correções. Em momento nenhum Marx e Engels criaram um modelo de sociedade para ser aplicado mecanicamente, mas sim elaboraram linhas gerais (expostas principalmente no Manifesto Comunista de 1848 e em O Capital) que deveriam guiar os trabalhadores na luta contra o capitalismo e pela socialização plena dos meios de produção e do poder político. O Socialismo Científico não é e jamais foi uma espécie de dogma.
O termo "Socialismo Real" ignora isso, pois apresenta como uma grande inovação a diferenciação entre o pensamento marxiano (composto estritamente pelas obras de Marx) e os regimes marxistas (guiados pelas idéias de Marx, mas não restritos ao mesmo). Mostra-se o óbvio como se fosse algo novo e ainda por cima de forma distorcida, reinventam a roda, mas composta por 4 lados iguais ao invés de um círculo.
O caráter equivocado desse termo fica ainda mais perceptível quando chegamos aos seus fins. No geral, quando falam de "Socialismo Real", citam como suas características o unipartidarismo, a repressão, a "boa vida dos dirigentes em contraste com os direitos do povo" e até mesmo os absurdos mais clássicos, como "médico e lixeiro ganham igual e por isso o povo é estimulado a ser vagabundo", "não existe variedade de roupas", etc. Fazendo um misto entre 75% de mentiras e 25% de descontextualizações (que já foram suficientemente refutadas e podem ser encontradas por qualquer um com boa vontade, até mesmo com a leitura das Constituições das nações socialistas).
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Desde o surgimento das sociedades de classes, surgiram em diferentes povos, pensadores com idéias baseadas na divisão das riquezas e no equilíbrio econômico-social de todas as pessoas, essas idéias ganham corpo e força com o advento da Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX, já que com o surgimento de um novo sujeito histórico, a classe trabalhadora, surgia também uma nova força social capaz de colocar essas idéias em prática. Surgem então novos pensadores (Owen, Proudhon, etc.) que retomam esse ideal de justiça social plena, guiando teoricamente a luta popular contra a exploração característica do modo de produção capitalista. Porém, apesar da dedicação e das boas intenções, essas idéias socialistas careciam de fundamentos científicos, estes pensadores idealizavam uma sociedade perfeita, mas viável apenas em suas cabeças. No entanto, na segunda metade do século XIX, a luta dos trabalhadores se eleva a um novo patamar. O aprofundamento do desenvolvimento do capitalismo e o acirramento da luta de classes lança novos elementos que serão estudados por 2 pensadores alemães, Friederich Engels e Karl Marx, cujos resultados serão difundidos entre o movimento operário principalmente através da Associação Internacional dos Trabalhadores, a I Internacional e também (durante certo tempo, até sua falência ideológica no início do século XX) pela II Internacional.
Em 1880 Friederich Engels escreve a obra "Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico", no qual descreve todo o desenvolvimento histórico por trás do surgimento das teorias socialistas e apresenta as diferenças fundamentais entre a sua linha de pensamento (desenvolvida junto a Karl Marx) e de todos os outros autores precedentes, demonstrando a superação das idéias pré-marxistas pela ciência do materialismo dialético.
As bases do Socialismo Científico não são compostas apenas de boa intenção, ou idéias mirabolantes sobre um "paraíso na Terra", mas sim por conclusões conquistadas através de uma análise científica da humanidade, seu desenvolvimento histórico, o pensamento filosófico, suas características biológicas, as leis que regem a economia capitalista, etc. E como ciência, essa corrente está sim aberta à novas contribuições, à correções. Em momento nenhum Marx e Engels criaram um modelo de sociedade para ser aplicado mecanicamente, mas sim elaboraram linhas gerais (expostas principalmente no Manifesto Comunista de 1848 e em O Capital) que deveriam guiar os trabalhadores na luta contra o capitalismo e pela socialização plena dos meios de produção e do poder político. O Socialismo Científico não é e jamais foi uma espécie de dogma.
O termo "Socialismo Real" ignora isso, pois apresenta como uma grande inovação a diferenciação entre o pensamento marxiano (composto estritamente pelas obras de Marx) e os regimes marxistas (guiados pelas idéias de Marx, mas não restritos ao mesmo). Mostra-se o óbvio como se fosse algo novo e ainda por cima de forma distorcida, reinventam a roda, mas composta por 4 lados iguais ao invés de um círculo.
O caráter equivocado desse termo fica ainda mais perceptível quando chegamos aos seus fins. No geral, quando falam de "Socialismo Real", citam como suas características o unipartidarismo, a repressão, a "boa vida dos dirigentes em contraste com os direitos do povo" e até mesmo os absurdos mais clássicos, como "médico e lixeiro ganham igual e por isso o povo é estimulado a ser vagabundo", "não existe variedade de roupas", etc. Fazendo um misto entre 75% de mentiras e 25% de descontextualizações (que já foram suficientemente refutadas e podem ser encontradas por qualquer um com boa vontade, até mesmo com a leitura das Constituições das nações socialistas).