No seu texto “As três graças”Carlos Drumond Andrade faz uma crônica irônica sobre o quadro de Peter Paul Rubens, “As três graças”
“As Graças “de Rubens
* Ele foi um gênio ,ao criar em sua pintura, conhecimento, beleza,
vigor, trazendo os personagens da mitologia - com um sentido humano e
atual - para a sociedade da época, que se identificava com as deusas
entregues à alegria de viver.
Na pintura de Rubens, encontramos destacada, em diferentes posições,
os volumes sinuosos das três musas que ele volta-se, colocando, na fala das jovens, a sua impressão:
a Graça coincide com a beleza das formas: "beleza é redundância"…
A imagem poética foi criada a partir das figuras mitológicas que se
reconhece como tal: As três Graças
- Eufrosia, Aglaé e Tália, são elas , a alegria, o esplendor e a floração -,
Já Carlos Drumond faz um intertexto ( intertextualidade ) usando em seu texto ironia e humor assumindo traços peculiares. Pode-se afirmar que, na sua poesia dos anos 50 ,trouxe uma relação próxima com os mitos.
Todavia, tal aproximação gerou, via de regra, questionamentos das promessas neles contidas.
De modo diferente, à obra “As três Graças”, o humor drummondiano é expressão de divertimento e leveza; uma aceitação compreensiva de que
a Graça coincide com a beleza das formas, com suas redundâncias.
O que parece essencial é proclamar que esse corpo delas , nos dias modernos de hoje , as pessoas não aceitam mais .
Vejamos
“As Graças” de Carlos Drumond
…(…) “Um doutor em estética do corpo, ao visitar o Museu do Prado, em Madri, achou que as Três Graças, de Rubens, sofriam de celulite, mais acentuada na Graça do centro.Procurou o diretor do museu e sugeriu-lhe que o quadro fosse submetido a um tratamento especial, de modo a ajustar os nus femininos aos cânones de beleza e higidez que hoje cultuamos.
O diretor ouviu-o polidamente e responder que nada havia a fazer, pois as obras-primas do passado são intocáveis, salvo quando acidente ou atentado tornam imperativa a restauração. Além do mais, pode ser que no século XVII o que hoje chamamos de celulite fosse uma graça suplementar.
À noite, o esteta inconformado tentou penetrar no museu, foi impedido e preso. Interrogado, explicou que queria raptar o quadro e confiá-lo a um famoso especialista em cirurgia plástica, pois o caso não era de restauração nem de regime alimentar.
Seria a primeira vez que uma obra de arte receberia tratamento especializado, feito o qual tornaria o museu famoso.
O homem foi mandado embora com a advertência de que sua presença não mais seria tolerada em museus espanhóis. E aconselhado a frequentar assiduamente as praias, para se aperfeiçoar às imperfeições do corpo humano, que formam a perfeição relativa…(…). “
”Carlos Drummond de Andrade – Contos Plausíveis – 1981)
intertexto é um conjunto de referencias ou influências de outro texto ou obra de arte um texto .
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https://brainly.com.br/tarefa/47594122
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MESTRE EM PORTUGUÊS
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joaovicto09
Na verdade, o texto que você mencionou está correto. Carlos Drummond de Andrade escreveu uma crônica irônica intitulada "As Três Graças", que faz uma abordagem satírica do quadro de Peter Paul Rubens, "As Três Graças". Na crônica, Drummond de Andrade utiliza a ironia para comentar e questionar a representação das figuras femininas no quadro de Rubens. Portanto, o texto está correto ao afirmar que a crônica de Drummond é uma abordagem irônica da pintura de Rubens.
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No seu texto “As três graças”Carlos Drumond Andrade faz uma crônica irônica sobre o quadro de Peter Paul Rubens, “As três graças”
“As Graças “de Rubens
* Ele foi um gênio ,ao criar em sua pintura, conhecimento, beleza,
vigor, trazendo os personagens da mitologia - com um sentido humano e
atual - para a sociedade da época, que se identificava com as deusas
entregues à alegria de viver.
Na pintura de Rubens, encontramos destacada, em diferentes posições,
os volumes sinuosos das três musas que ele volta-se, colocando, na fala das jovens, a sua impressão:
a Graça coincide com a beleza das formas: "beleza é redundância"…
A imagem poética foi criada a partir das figuras mitológicas que se
reconhece como tal: As três Graças
- Eufrosia, Aglaé e Tália, são elas , a alegria, o esplendor e a floração -,
Já Carlos Drumond faz um intertexto ( intertextualidade ) usando em seu texto ironia e humor assumindo traços peculiares.
Pode-se afirmar que, na sua poesia dos anos 50 ,trouxe uma relação próxima com os mitos.
Todavia, tal aproximação gerou, via de regra, questionamentos das promessas neles contidas.
De modo diferente, à obra “As três Graças”, o humor drummondiano é expressão de divertimento e leveza; uma aceitação compreensiva de que
a Graça coincide com a beleza das formas, com suas redundâncias.
O que parece essencial é proclamar que esse corpo delas , nos dias modernos de hoje , as pessoas não aceitam mais .
Vejamos
“As Graças” de Carlos Drumond
…(…) “Um doutor em estética do corpo, ao visitar o Museu do Prado, em Madri, achou que as Três Graças, de Rubens, sofriam de celulite, mais acentuada na Graça do centro.Procurou o diretor do museu e sugeriu-lhe que o quadro fosse submetido a um tratamento especial, de modo a ajustar os nus femininos aos cânones de beleza e higidez que hoje cultuamos.
O diretor ouviu-o polidamente e responder que nada havia a fazer, pois as obras-primas do passado são intocáveis, salvo quando acidente ou atentado tornam imperativa a restauração.
Além do mais, pode ser que no século XVII o que hoje chamamos de celulite fosse uma graça suplementar.
À noite, o esteta inconformado tentou penetrar no museu, foi impedido e preso.
Interrogado, explicou que queria raptar o quadro e confiá-lo a um famoso especialista em cirurgia plástica, pois o caso não era de restauração nem de regime alimentar.
Seria a primeira vez que uma obra de arte receberia tratamento especializado, feito o qual tornaria o museu famoso.
O homem foi mandado embora com a advertência de que sua presença não mais seria tolerada em museus espanhóis.
E aconselhado a frequentar assiduamente as praias, para se aperfeiçoar às imperfeições do corpo humano, que formam a perfeição relativa…(…). “
”Carlos Drummond de Andrade – Contos Plausíveis – 1981)
intertexto é um conjunto de referencias ou influências de outro texto ou obra de arte um texto .
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LIZIAMARCIA
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