Ser brilhante no escuro…
Não se trata de levar uma lanterna, ou matérias luminescentes em volta
de nosso corpo.
Nem virar vaga – lume.
O ser humano , tal como é, tem uma parte dele que é capaz de se
mergulhar na escuridão de seus pensamentos e ser capaz, em ações
locais, com seus vizinhos com seus familiares , com seus parentes ter
atitudes extremamente egoístas , malévolas e até terríveis.
Claro que falo em assassinatos de familiares, violência
doméstica, especialmente de homens para mulheres.
Mas também falo de assédio por puro egoísmo material.
Um exemplo a que eu estive assistindo.
Estava caminhando na rua , bem , no passeio, e ouvi duas vozes
femininas atrás de mim, uma era de uma mulher perto dos trinta anos,
outra de alguém perto dos sessenta .
- Se ela o quer ver, tem que se chegar à frente !- dizia a mais nova, em
furiosa e exaltada voz.
- Mas então, não pode ser ela sempre a que tem que contribuir para tudo
! – dizia a mais velha.
- Não quero saber. Está dito e pronto. – a mais nova acrescentou.
- Olha, como é que está com os carros ? – pergunta a mais velha.
- Já estão pagos. Mas não interessa, se ela o quer ver tem que se chegar
à frente.
Infelizmente percebi que se tratava do filho da mulher mais nova, com o
qual ela fazia chantagem com sua sogra para obter mais dinheiro da
parte dela, em troca de o neto poder visitar a avó.
Aqui só há escuridão. Aqui não passa o mais pequeno raio de sol. Aqui
nada brilha. Nem brilhará.
A mente consumista e ultra egoísta ofuscava tudo. Estava enegrecendo
tudo.
Outro exemplo, agora oposto.
Uma senhora estava internada num hospital , e nesse quarto estava
outra senhora mais velha , que estava lá para ser operada.
A operação era para ser feita no dia em que ficou internada.
Mas o equipamento cirúrgico avariou e operação foi adiada, para dia
seguinte.
Durante a noite, a pessoa que estava esperando pela operação gemia e
a mais nova lhe perguntou que problema tinha.
Ao qual ela respondei que estava se sentindo muito desconfortável.
A mais nova, pegou em seu roupão e cobriu a outra pessoa. Que
passado pouco tempo lhe agradeceu pois estava sentindo-se muito, mas
mesmo muito confortável.
Neste ato, que a senhora mais nova praticou ,estava uma luz tão intensa,
mesmo tão forte que ainda hoje, passados cerca de dez anos ainda
brilha.
E como é que brilha?
A senhora que ia ser operada já faleceu, mas de vez em quando ,
quando menos se espera, sua filha telefona e fala com a pessoa que
partilhou seu roupão.
Trocam impressões, batem um papo agradável onde a filha dessa
falecida diz sempre:
- Voltei outra vez a pensar em si hoje. Nunca me esquecerei das palavras
de minha mãe ao falar sobre o ato que fez e que lhe trouxe tanto
conforto. Muito obrigada.
Tomara que o mundo tivesse mais pessoas como a senhora.
Aqui há brilho.
Permanente. Mesmo na escuridão da noite do enfermaria do hospital, um
pequeno e muito fraterno ato foi capaz de iluminar à sua volta e se tornar
num ato tão brilhante que se está propagando no futuro.
Tudo o que de fraterno, amigo, partilha desinteressada se estiver
fazendo, praticando é um ponto de partida para que mesmo na noite
mais escura o brilho desses atos, humanos, possam se ficar estendendo
pelo tempo fora.
Isso falta a muitos seres humanos que de brilho só tem os clarões dos
bombardeamentos de seus semelhantes, justificados pela cobiça
humana de mais ter, seja a que preço for.
A generosidade desinteressada.
O carinho com que se trata os outros.
A amizade sem nada pedir em troca.
O nunca ficar calado quando uma injustiça está a ser praticada.
Tudo isto são ações e razões que fazem com que se possa:
“ Ser brilhante no escuro “
Att. Duarte Morgado
Bons estudos.
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Ser brilhante no escuro…
Não se trata de levar uma lanterna, ou matérias luminescentes em volta
de nosso corpo.
Nem virar vaga – lume.
O ser humano , tal como é, tem uma parte dele que é capaz de se
mergulhar na escuridão de seus pensamentos e ser capaz, em ações
locais, com seus vizinhos com seus familiares , com seus parentes ter
atitudes extremamente egoístas , malévolas e até terríveis.
Claro que falo em assassinatos de familiares, violência
doméstica, especialmente de homens para mulheres.
Mas também falo de assédio por puro egoísmo material.
Um exemplo a que eu estive assistindo.
Estava caminhando na rua , bem , no passeio, e ouvi duas vozes
femininas atrás de mim, uma era de uma mulher perto dos trinta anos,
outra de alguém perto dos sessenta .
- Se ela o quer ver, tem que se chegar à frente !- dizia a mais nova, em
furiosa e exaltada voz.
- Mas então, não pode ser ela sempre a que tem que contribuir para tudo
! – dizia a mais velha.
- Não quero saber. Está dito e pronto. – a mais nova acrescentou.
- Olha, como é que está com os carros ? – pergunta a mais velha.
- Já estão pagos. Mas não interessa, se ela o quer ver tem que se chegar
à frente.
Infelizmente percebi que se tratava do filho da mulher mais nova, com o
qual ela fazia chantagem com sua sogra para obter mais dinheiro da
parte dela, em troca de o neto poder visitar a avó.
Aqui só há escuridão. Aqui não passa o mais pequeno raio de sol. Aqui
nada brilha. Nem brilhará.
A mente consumista e ultra egoísta ofuscava tudo. Estava enegrecendo
tudo.
Outro exemplo, agora oposto.
Uma senhora estava internada num hospital , e nesse quarto estava
outra senhora mais velha , que estava lá para ser operada.
A operação era para ser feita no dia em que ficou internada.
Mas o equipamento cirúrgico avariou e operação foi adiada, para dia
seguinte.
Durante a noite, a pessoa que estava esperando pela operação gemia e
a mais nova lhe perguntou que problema tinha.
Ao qual ela respondei que estava se sentindo muito desconfortável.
A mais nova, pegou em seu roupão e cobriu a outra pessoa. Que
passado pouco tempo lhe agradeceu pois estava sentindo-se muito, mas
mesmo muito confortável.
Neste ato, que a senhora mais nova praticou ,estava uma luz tão intensa,
mesmo tão forte que ainda hoje, passados cerca de dez anos ainda
brilha.
E como é que brilha?
A senhora que ia ser operada já faleceu, mas de vez em quando ,
quando menos se espera, sua filha telefona e fala com a pessoa que
partilhou seu roupão.
Trocam impressões, batem um papo agradável onde a filha dessa
falecida diz sempre:
- Voltei outra vez a pensar em si hoje. Nunca me esquecerei das palavras
de minha mãe ao falar sobre o ato que fez e que lhe trouxe tanto
conforto. Muito obrigada.
Tomara que o mundo tivesse mais pessoas como a senhora.
Aqui há brilho.
Permanente. Mesmo na escuridão da noite do enfermaria do hospital, um
pequeno e muito fraterno ato foi capaz de iluminar à sua volta e se tornar
num ato tão brilhante que se está propagando no futuro.
Tudo o que de fraterno, amigo, partilha desinteressada se estiver
fazendo, praticando é um ponto de partida para que mesmo na noite
mais escura o brilho desses atos, humanos, possam se ficar estendendo
pelo tempo fora.
Isso falta a muitos seres humanos que de brilho só tem os clarões dos
bombardeamentos de seus semelhantes, justificados pela cobiça
humana de mais ter, seja a que preço for.
A generosidade desinteressada.
O carinho com que se trata os outros.
A amizade sem nada pedir em troca.
O nunca ficar calado quando uma injustiça está a ser praticada.
Tudo isto são ações e razões que fazem com que se possa:
“ Ser brilhante no escuro “
Att. Duarte Morgado
Bons estudos.