RESUMO MINIMO 15 LINHAS
No Rio Grande do Norte, esse processo falimentar e de dificuldades para essas indústrias tradicionais repercute de forma danosa na economia de alguns municípios que sediavam no mínimo uma unidade industrial, como é o caso de João Câmara, Umarizal, Açu, Caraúbas, Caicó, Natal, Parelhas, Nova Cruz, São Miguel, Pau-dos-Ferros, Jardim do Seridó, Santa Cruz, Lajes, Macau, Canguaretama, Paru, Mossoró, Ceará-Mirim, Currais Novos, Angicos e Acari.
Essas unidades industriais, as fábricas e as usinas eram, por conta do mercado de trabalho mesmo sazonal que as mesmas criavam, a expressão urbana da grande maioria desses municípios.
Sem as fábricas e as usinas, alguns desses municípios reduziram as suas sedes municipais, a chamada área urbana, a exercerem funções de dormitórios de desempregados e aposentados. É nesse momento de redefinição dessa divisão territorial do trabalho que uma série de políticas e programas governamentais são dirigidos especificamente para duas cidades do Rio Grande do Norte: Natal e Mossoró. No caso específico de Natal, as décadas de 60 e 70 apresentavam o crescimento de todos os indicadores utilizados paia medir o desenvolvimento dos centros urbanos.
O privilégio de Natal na absorção dessas políticas e programas governamentais que investiam na cidade, diz respeito não apenas por ser Natal o centro administrativo do Estado, mas, também, pela massa de salários do funcionalismo público estadual e federal e das repartições militares, que viabilizaram a construção de inúmeros conjuntos habitacionais para esses segmentos da classe média, dinamizando a indústria da construção civil e elastecendo o mercado de trabalho urbano na área da capital. Juntam-se a isso as indústrias modernas que se já implantaram com base nos incentivos fiscais. “As rendas elevadas e fixas dos servidores públicos e militares dão origem a uma massa salarial de um certo volume, cuja participação numa economia local freqüentemente oscilante e incerta é relevante. Até certo ponto, essa massa de salário assegura a criação e a manutenção de certas atividades e pode-se afirmar que ela constitui um ator positivo de certo modo espontâneo para o desenvolvimento da economia local”.
No caso de Mossoró. os caminhos para a cidade entrar nessa base econômica, onde o setor terciário é o mais dinâmico, foram mais penosos, primeiro por conta do processo migratório intenso para a cidade; segundo, pela queda da oferta de emprego urbano, que pode ser compreendida por conta das dificuldades da agroindústria e da mecanização das salinas.
Ocorria, ainda que diferente da região de Macau, onde o trabalho salineira passava parte do ano e no fira da safra, com a chegada das chuvas, retomava às áreas de várzea do Açu, cujo vale absorvia muito bem toda essa força de trabalho sazonal. Na região salineira de Mossoró, Grossos e Areia Branca, o retomo para as áreas rurais ao término da safra do sal era muito menor. O que existia era o trabalhador urbano morando em Mossoró, mesmo o trabalho sendo sazonal.
Mossoró se insere nessa nova base econômica que a divisão territorial do trabalho impõe com a criação da Universidade Regional, com a ampliação do seu setor de saúde, com a criação da Escola Superior de Agricultura e com a dinamização do setor da construção civil através das políticas do BNH. O seu crescimento industrial foi incipiente, se comparado a Natal, mesmo guardando-se as proporcionalidades. O comércio, que exercia até então uma função complementar ao comércio de Fortaleza e Natal, começa a romper essa dependência.
A entrada das cidades de Natal e Mossoró em alguns programas de investimentos urbanos, como o programa de cidades de médio-porte, cria infra-estrutura que condiciona o surgimento de atividades produtivas, que vão sustentar u expansão urbana dessas duas cidades; o urbano no Rio Grande do Norte é acima de tudo Natal e Mossoró. Mas Caicó, Macau. Currais Novos, Pau-dos-Ferros, Açu, Parnamirim, João Câmara, Santa Cruz, Nova Cruz, Ceará-Mirim e São Gonçalo do Amarante, que demonstram crescimento significativo das suas áreas urbanas, conseqüentemente apresentam problemas sociais, como desemprego, subemprego, analfabetismo, violência, problema da moradia nesses municípios.
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A ENTRADA DAS CIDADES DE NATAL E MOSSORÓ EM ALGUNS PROGAMAS DE INVESTIMENTOS URBANOS , COMO O PROGRAMA DE CIDADES DE MEDIO PORTE , CRIA INFRA-ESTRUTURA QUE CONDICIONAM O SURGIMENTO DE ATIVIDADES PRODUTIVAS , QUE VÃO SUSTENTAR A EXPANSÃO URBANA DESSAS DUAS CIDADES ; O URBANO NO RIO GRANDE DO NORTE É ACIMA DE TUDO NATAL E MOSSORÓ . MAS CAICÓ , MACAU .
CURRAIS NOVOS , PAU-DOS-FERROS ,AÇU, PARNAMIRIM , JOÃO CÂMARA, SANTA CRUZ , NOVA CRUZ , CEARA -MIRIM E SAO GONÇALO DO AMARANTE , QUE DEMONSTRAM CRESCIMENTO SIGNIFICATIVO DAS AREAS
URBANAS .