Telma Vinha, coordenadora do Grupo Ética, Diversidade e Democracia na Escola Pública, do Instituto de Estudos Avançados da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), aponta que, ao longo dos anos, os fatores que levam crianças e jovens a realizar ataques a instituições de ensino mudaram. De acordo com a especialista, se antes a principal motivação era o bullying, hoje, além de algum sofrimento vivido pelo estudante, os casos também se relacionam ao consumo de cultura extremista, principalmente na internet. “Muitos viveram momentos ruins na escola e acabam tendo ligação com esses grupos extremistas que fomentam racismo, xenofobia, enfim, o discurso de ódio. E, se antes esses grupos estavam na deep web [zona da internet que não pode ser detectada facilmente pelos tradicionais motores de busca e tem pouca ou nenhuma fiscalização], hoje eles estão nas redes sociais. Alguns são cooptados nas plataformas de jogos online”, afirma a professora. E, nesses ambientes, crianças e jovens são incentivados a realizar ataques.”
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