TEXTO I



Você já parou para pensar que dentro da Língua Portuguesa falada no Brasil existem várias outras línguas? Você sabe que a Língua Portuguesa, como todas as línguas do mundo, não é utilizada da mesma forma em todo o território brasileiro? Seu uso varia de acordo com a época, com a região, com a classe social dos falantes e com a situação em que eles se encontram. Isso significa que até individualmente as variações acontecem. Uma mesma

pessoa pode, por exemplo, utilizar diferentes variedades da língua, dependendo do contexto em que se insere.

MAGALHÃES, A. L.; FOCHI, E. M.; ALBINO, L. C. D. Variação linguística: diferenças e contextos. UA04 Comunicação e Expressão – Curso Superior de Tecnologia em Gestão Empresarial (Processos Gerenciais). 2010. p. 3.





TEXTO II



Val entra na piscina e telefona para Jéssica. Vejamos a seguinte fala de Val:

[Val] extremamente feliz – Jéssica?! Fia?! Oi, é mainha. Eu tô ligando pra dar boa noite, eu tô ligando pra dar boa noite. Pra dizer que eu tô muito orgulhosa de tu. Agora advinha onde é que eu tô?! Ó, tá ouvindo, ó? Tô dento da piscina. É, eu tô. Eu tô muito feliz, visse? Um cheiro, ói... mainha lhe ama. Um cheiro.

SILVA, T. B. Um estudo sobre preconceito linguístico no filme “Que horas ela volta?” Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Letras, Garanhuns, PE, 2019, p.36.



TEXTO III



[...] situando o preconceito linguístico num limite de preconceito social, [Ana Lúcia] Medeiros (2006) vê a questão da hegemonia dos sotaques como puramente econômica. Ela supõe que, se o grande polo econômico do Brasil fosse o Nordeste, então o sotaque nordestino seria o padrão para todo o país. [Marcos] Bagno (2007) vai mais além. Ele afirma que o preconceito linguístico avança na mesma proporção do preconceito social, sendo apenas mais uma de suas vertentes. Dessa forma, uma variante falada pelos mais desprestigiados sofre o mesmo preconceito social que eles, os falantes. O problema não estaria na fala em si, mas no falante e na região geográfica de onde ele vem [...]

SILVA, T. B. Um estudo sobre preconceito linguístico no filme “Que horas ela volta?” Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Letras, Garanhuns, PE, 2019, p. 37 (adaptado).



A partir da leitura dos textos apresentados, avalie as afirmações a seguir.





I - O texto II é uma representação da língua falada e por isso é marcado por repetições, pausa, corruptelas, interjeições.



II - O texto II esclarece o uso da língua portuguesa tal como apontado no texto I, em relação, principalmente, à variação de acordo com a região geográfica de onde a falante provém.



III - Medeiros, no texto III, relaciona a hegemonia de certos sotaques no Brasil ao peso econômico da região onde são percebidos.



IV - O pensamento de Medeiros explicaria a razão de o sotaque nordestino ser o padrão para todo o país.





É correto apenas o que se afirma em


Escolha uma opção:

a.
I, III e IV.

b.
I, II e III.

c.
I e IV.

d.
II e III.

e.
II e IV.
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