(UFMG, 2003, adaptada) Na passagem que se segue, de Cadernos de João, o autor expõe uma teoria da poesia: “No curso regular da frase pode uma palavra, uma imagem ou um movimento imprevisto assumir a força de uma aparição e iluminar subitamente toda a estrutura verbal. O que era neutro e opaco passa então a irradiar. Como se as palavras esperassem a privilegiada, portadora do elemento mágico que leva a todas a transfiguração da poesia.”
MACHADO, Aníbal M. Cadernos de João. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. p. 11.

Todas as alternativas apresentam fragmentos de Cadernos de João em que o termo destacado pode ser considerado a palavra “privilegiada, portadora do elemento mágico que leva a todas a transfiguração da poesia”, EXCETO


Privilegiada semente que brilharás amanhã como fruto na árvore imediata.

Enfim, o que importa é o frêmito da partida; a pista, a praia e a plataforma se afastando... a palpitação das águas no sulco distante da popa...

O melhor momento da flecha não é o de sua inserção no alvo, mas o da trajetória entre o arco e a chegada – passeio fremente.

Nada mais aflitivo do que um rio seco e uma piscina vazia. Nada que mais relembre a vida que se foi, do que esses dois esqueletos da água.

Contra a montanha, o mamute furioso da escavadeira. Algum tempo depois, cessa tudo. E deslizamos na estrada macia.
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