O povo maia habitou a região das florestas tropicais das atuais Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (região sul do atual México). Viveram nestas regiões entre os séculos IV a.C e IX a.C. Entre os séculos IX e X , os toltecas invadiram essas regiões e dominaram a civilização maia.
Nunca chegaram a formar um império unificado, fato que favoreceu a invasão e domínio de outros povos. As cidades formavam o núcleo político e religioso da civilização e eram governadas por um estado teocrático. O império maia era considerado um representante dos deuses na Terra.
ASTECAS
Povo guerreiro, os astecas habitaram a região do atual México entre os séculos XIV e XVI. Fundaram, no século XIV, a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa região de pântanos, próxima do lago Texcoco.
A sociedade era hierarquizada e comandada por um imperador, chefe do exército. A nobreza era também formada por sacerdotes e chefes militares. Os camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos compunham grande parte da população. Esta camada mais baixa da sociedade era obrigada a exercer um trabalho compulsório para o imperador, quando este os convocava para trabalhos em obras públicas (canais de irrigação, estradas, templos, pirâmides).
INCAS
Os incas viveram na região da Cordilheira dos Andes (América do Sul ) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e Equador. Fundaram no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco. Foram dominados pelos espanhóis em 1532.
O imperador, conhecido por Sapa Inca era considerado um deus na Terra. A sociedade era hierarquizada e formada por: nobres (governantes, chefes militares, juízes e sacerdotes), camada média ( funcionários públicos e trabalhadores especializados) e classe mais baixa (artesãos e os camponeses). Esta última camada pagava altos tributos ao rei em mercadorias ou com trabalhos em obras públicas.
MARAJOARAS
A incessante busca pelas peças que decifrem o quebra-cabeça da origem da nossa história levou cientistas a descobrir os costumes e a cultura da sociedade marajoara que habitou o norte do Pará entre os anos 400 e 1400. Dos marajoaras pouco restou. Mas o avanço da ciência contornou as pistas exíguas deixadas por esse povo que possuía habilidades artísticas altamente sofisticadas, e, através de análises químicas, o legado das cerâmicas revela agora como viveu essa sociedade de um milênio atrás – considerada uma das primeiras organizações sociais do Brasil. Quando se fala de marajoaras associa-se imediatamente essa expressão a peças de cerâmica. Pois bem, sabe-se agora também que quando se falar dessas peças será preciso associá-las às mulheres: eram elas as responsáveis por sua confecção. A técnica artesanal era avançada: sabiam escolher a melhor argila e misturavam a matéria-prima a um “tempero” feito com casca de árvore e areia para depois levar a peça ao forno. “O desenvolvimento tecnológico dessa sociedade era muito alto, porque as características da cerâmica são muito sofisticadas”, diz Casimiro Murita, responsável pela pesquisa física e química das obras no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) da USP.
MISTÉRIO Peças foram encontradas com algumas representações de escorpiões e lagartos
Há uma série desses objetos como vasos, urnas funerárias, estatuetas, chocalhos e enfeites para o corpo. Uma das grandes descobertas das pesquisas científicas que acabam de ser reveladas, no entanto, são as tangas que eram produzidas: um pequeno triângulo de argila ornamentado que, preso ao corpo, encobria a região genital. Esse “biquíni” marajoara era atado com fios à cintura e suas cores e padrões determinavam a idade e a classe social da mulher. A arqueóloga Denise Schaan, da Universidade Federal do Pará, acredita que as mais maduras usavam tangas vermelhas e as jovens, brancas. Nas urnas funerárias em que eram sepultadas as mulheres aparecia uma série de desenhos, ausentes nas urnas masculinas. Isso sugere aos cientistas que a organização dessa sociedade se dava pelo matriarcado. “Enquanto os homens saíam para caçar, as mulheres comandavam a vila”, diz Cristina Demartini, pesquisadora do Museu de Arqueologia e Etnografia da USP.
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MAIAS
O povo maia habitou a região das florestas tropicais das atuais Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (região sul do atual México). Viveram nestas regiões entre os séculos IV a.C e IX a.C. Entre os séculos IX e X , os toltecas invadiram essas regiões e dominaram a civilização maia.
Nunca chegaram a formar um império unificado, fato que favoreceu a invasão e domínio de outros povos. As cidades formavam o núcleo político e religioso da civilização e eram governadas por um estado teocrático. O império maia era considerado um representante dos deuses na Terra.
ASTECAS
Povo guerreiro, os astecas habitaram a região do atual México entre os séculos XIV e XVI. Fundaram, no século XIV, a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa região de pântanos, próxima do lago Texcoco.
A sociedade era hierarquizada e comandada por um imperador, chefe do exército. A nobreza era também formada por sacerdotes e chefes militares. Os camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos compunham grande parte da população. Esta camada mais baixa da sociedade era obrigada a exercer um trabalho compulsório para o imperador, quando este os convocava para trabalhos em obras públicas (canais de irrigação, estradas, templos, pirâmides).
INCAS
Os incas viveram na região da Cordilheira dos Andes (América do Sul ) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e Equador. Fundaram no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco. Foram dominados pelos espanhóis em 1532.
O imperador, conhecido por Sapa Inca era considerado um deus na Terra. A sociedade era hierarquizada e formada por: nobres (governantes, chefes militares, juízes e sacerdotes), camada média ( funcionários públicos e trabalhadores especializados) e classe mais baixa (artesãos e os camponeses). Esta última camada pagava altos tributos ao rei em mercadorias ou com trabalhos em obras públicas.
MARAJOARAS
A incessante busca pelas peças que decifrem o quebra-cabeça da origem da nossa história levou cientistas a descobrir os costumes e a cultura da sociedade marajoara que habitou o norte do Pará entre os anos 400 e 1400. Dos marajoaras pouco restou. Mas o avanço da ciência contornou as pistas exíguas deixadas por esse povo que possuía habilidades artísticas altamente sofisticadas, e, através de análises químicas, o legado das cerâmicas revela agora como viveu essa sociedade de um milênio atrás – considerada uma das primeiras organizações sociais do Brasil. Quando se fala de marajoaras associa-se imediatamente essa expressão a peças de cerâmica. Pois bem, sabe-se agora também que quando se falar dessas peças será preciso associá-las às mulheres: eram elas as responsáveis por sua confecção. A técnica artesanal era avançada: sabiam escolher a melhor argila e misturavam a matéria-prima a um “tempero” feito com casca de árvore e areia para depois levar a peça ao forno. “O desenvolvimento tecnológico dessa sociedade era muito alto, porque as características da cerâmica são muito sofisticadas”, diz Casimiro Murita, responsável pela pesquisa física e química das obras no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) da USP.
MISTÉRIO Peças foram encontradas com algumas representações de escorpiões e lagartos
Há uma série desses objetos como vasos, urnas funerárias, estatuetas, chocalhos e enfeites para o corpo. Uma das grandes descobertas das pesquisas científicas que acabam de ser reveladas, no entanto, são as tangas que eram produzidas: um pequeno triângulo de argila ornamentado que, preso ao corpo, encobria a região genital. Esse “biquíni” marajoara era atado com fios à cintura e suas cores e padrões determinavam a idade e a classe social da mulher. A arqueóloga Denise Schaan, da Universidade Federal do Pará, acredita que as mais maduras usavam tangas vermelhas e as jovens, brancas. Nas urnas funerárias em que eram sepultadas as mulheres aparecia uma série de desenhos, ausentes nas urnas masculinas. Isso sugere aos cientistas que a organização dessa sociedade se dava pelo matriarcado. “Enquanto os homens saíam para caçar, as mulheres comandavam a vila”, diz Cristina Demartini, pesquisadora do Museu de Arqueologia e Etnografia da USP.