Uma das consequências do processo de prática (sistemática e prolongada) de qualquer esporte é o desenvolvimento de intencionalidade; ou seja, como resultados almejados podem ser previstos com base em registros sobre regularidades passadas, o sistema nervoso pode (1) gerar ações que levem aos resultados desejados e (2) atuar no sentido de selecionar determinados tipos de informação para processamento adicional, isto é, direcionar sua atenção. É indiscutível que esse processo de seleção atencional depende não apenas da história prévia do sistema selecionador, envolvendo suas memórias e, portanto, o significado pessoal e emocional dos estímulos, mas também de expectativas geradas sobre a pendência de eventos futuros com base (1) nas memórias sobre regularidades passadas e (2) nos seus planos de ação, que dependem também de memórias sobre os resultados de ações anteriores e seu significado afetivo. Neste processo de aperfeiçoamento técnico do praticante, espera-se que ele desenvolva as seguintes habilidades: I – Dependa de menor recurso cognitivo para o processamento de informações durante a realização de jogadas que envolvam tomadas de decisão, dado que eventualmente as circunstâncias perceptuais do jogo induzem tomadas de decisão feitas pelo jogador, em uma demanda menor de livre-arbítrio. Ou seja, as respostas em função do ambiente tornam-se automáticas. II – Que o praticante consiga focar sua atenção nos aspectos mais importantes da tarefa, fazendo com que o praticante consiga prever padrões comportamentais; situação esta, que lhe permite se antecipar à jogada em questão. III – Estas circunstâncias de identificação de padrões em função do contexto esportivo especificam, se relaciona com o próprio Princípio da Especificidade do Treinamento. Neste sentido, ofertar ao atleta práticas físicas e técnicas que coincidem com o que ele fará em condições de competição favorece a aquisição de detecção de padrões de jogadas e condições ambientais específicas. As quais, por meio de um melhor direcionamento da atenção, faze