Resposta:

A ideia de Adorno e Horkheimer de que a razão se tornou um mero instrumento auxiliar do aparato econômico se baseia na crítica da Escola de Frankfurt ao paradigma capitalista, que valoriza a eficiência, a produtividade e o lucro acima de tudo. Segundo essa crítica, a razão, que deveria ser um instrumento de libertação e emancipação humana, acabou se tornando refém e escrava desse paradigma econômico.

De acordo com essa visão, o projeto iluminista, que buscava o progresso e a emancipação humana através da razão e do conhecimento, acabou se desvirtuando ao ser cooptado pelo sistema capitalista. A razão, que deveria servir ao ser humano, passou a ser utilizada para maximizar a produção e o lucro, em detrimento das necessidades e da dignidade dos indivíduos.

Essa crítica aponta para a necessidade de uma reflexão crítica sobre os valores e os objetivos que orientam nossa sociedade e nossa cultura. É preciso questionar a ideia de que o crescimento econômico é a medida suprema do progresso e reconhecer que há outros valores e objetivos igualmente importantes, como a justiça social, a igualdade e a dignidade humana.