Na verdade, aquele que num mundo cheio de perversos, pretende seguir em tudo os ditames da bondade, caminha inevitavelmente para a própria perdição. Daí se infere que um príncipe desejoso de conservar-se no poder tem de aprender os meios de não ser bom e a fazer uso ou não deles, conforme as necessidade (MAQUIAVEL, 2001, p.37). Redija um texto dissertativo considerando os seguintes elementos e orientações (você deve usar as indicações livremente ao longo do texto, considerando todas elas, sem necessariamente seguir a ordem que estão apresentadas): a) Explore e explicite cada sentença apresentada, bem como o trecho do texto de Maquiavel durante sua argumentação; b) Discuta a partir das sentenças o título dado a essa atividade: O mundo da política é feito de homens concretos; c) Nesse contexto teórico, como você interpreta a frase: O uso da força e da violência política é uma qualidade se aplicado com sabedoria. Procure fundamentação para su tepretação trecho de O Príncipe apresentado acima (sentença V). Nossa proposta é que no final desta atividade você tenha produzido um texto dissertativo acerca da concepção de política moderna, usando para tanto as teses, orientações e questões propostas. A atividade foi pensada para ser realizada em duplas ou trios. Não serão aceitas outras formações. Envie a atividade por arquivo.doc no campo "maquiavel" hoje, 26/05/2009.
A obra de Maquiavel traz à tona uma visão crua e realista da política, mostrando que, no mundo concreto, a bondade extrema pode levar à perdição. A afirmação de que seguir os ditames da bondade em um mundo cheio de perversos é um caminho para a própria ruína mostra que as virtudes morais nem sempre são compatíveis com a sobrevivência política. Maquiavel argumenta que, para se manter no poder, um príncipe deve aprender a utilizar meios que nem sempre são considerados bons, de acordo com as necessidades do momento. Aqui, o autor aponta para a necessidade de agir de forma pragmática e adaptar-se ao contexto político em que se está inserido, defendendo a tese de que o mundo da política é feito de homens concretos.
Nesse contexto teórico, a frase "O uso da força e da violência política é uma qualidade se aplicado com sabedoria" pode ser interpretada como a necessidade de o governante estar preparado para tomar medidas enérgicas quando a situação exigir. Maquiavel defende que a violência política pode ser uma ferramenta legítima quando utilizada com sabedoria, ou seja, quando estiver em consonância com os interesses do governo e visar a estabilidade e a segurança do Estado. A força e a violência podem ser necessárias para impor a ordem e preservar o poder do governante, desde que sejam aplicadas de forma estratégica e com discernimento.
Dessa forma, é possível perceber que a obra de Maquiavel apresenta uma abordagem realista e desmistificadora da política, mostrando que o exercício do poder muitas vezes exige a adoção de medidas que podem não ser consideradas moralmente corretas. No entanto, para o autor, a eficácia política muitas vezes está acima da noção de bondade ou justiça, e cabe ao governante saber utilizar os meios necessários para manter-se no poder e garantir a estabilidade do Estado. A obra de Maquiavel, portanto, lança luz sobre as complexidades e as contradições inerentes à prática política, trazendo à tona reflexões que ainda são pertinentes nos dias de hoje.
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Resposta:
A obra de Maquiavel traz à tona uma visão crua e realista da política, mostrando que, no mundo concreto, a bondade extrema pode levar à perdição. A afirmação de que seguir os ditames da bondade em um mundo cheio de perversos é um caminho para a própria ruína mostra que as virtudes morais nem sempre são compatíveis com a sobrevivência política. Maquiavel argumenta que, para se manter no poder, um príncipe deve aprender a utilizar meios que nem sempre são considerados bons, de acordo com as necessidades do momento. Aqui, o autor aponta para a necessidade de agir de forma pragmática e adaptar-se ao contexto político em que se está inserido, defendendo a tese de que o mundo da política é feito de homens concretos.
Nesse contexto teórico, a frase "O uso da força e da violência política é uma qualidade se aplicado com sabedoria" pode ser interpretada como a necessidade de o governante estar preparado para tomar medidas enérgicas quando a situação exigir. Maquiavel defende que a violência política pode ser uma ferramenta legítima quando utilizada com sabedoria, ou seja, quando estiver em consonância com os interesses do governo e visar a estabilidade e a segurança do Estado. A força e a violência podem ser necessárias para impor a ordem e preservar o poder do governante, desde que sejam aplicadas de forma estratégica e com discernimento.
Dessa forma, é possível perceber que a obra de Maquiavel apresenta uma abordagem realista e desmistificadora da política, mostrando que o exercício do poder muitas vezes exige a adoção de medidas que podem não ser consideradas moralmente corretas. No entanto, para o autor, a eficácia política muitas vezes está acima da noção de bondade ou justiça, e cabe ao governante saber utilizar os meios necessários para manter-se no poder e garantir a estabilidade do Estado. A obra de Maquiavel, portanto, lança luz sobre as complexidades e as contradições inerentes à prática política, trazendo à tona reflexões que ainda são pertinentes nos dias de hoje.