Resposta:

1) O ano de 1947 é de extrema importância para o contexto Israel x Palestina, pois foi nesse ano que a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou o Plano de Partilha da Palestina. Esse plano propunha a divisão do território palestino em dois estados: um para os judeus e outro para os árabes. Essa deliberação teve um impacto significativo no conflito entre Israel e Palestina, pois levou à criação do Estado de Israel em 1948 e resultou no deslocamento e no sofrimento de milhares de palestinos.

2) A diferença entre o objetivo dos palestinos e o objetivo do Hamas no Oriente Médio está relacionada às suas perspectivas políticas e estratégias. Os palestinos em geral almejam a criação de um Estado Palestino independente, com base nas fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias de 1967, que incluem a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental. O Hamas, por sua vez, é uma organização político-militar palestina que busca a libertação total da Palestina, incluindo a eliminação do Estado de Israel. O Hamas também se engaja em atividades de resistência e utiliza táticas de guerrilha para alcançar seus objetivos.

3) A formação das primeiras comunidades judaicas na Palestina no início do século XX ocorreu através de duas grandes ondas de imigração judaica. A primeira onda foi conhecida como a Primeira Aliá e ocorreu entre 1882 e 1903, quando os primeiros imigrantes judeus começaram a se estabelecer na Palestina e criar comunidades agrícolas. A segunda onda, chamada de Segunda Aliá, aconteceu entre 1904 e 1914 e trouxe mais imigrantes judeus, principalmente da Rússia e do leste europeu. Essas imigrações foram motivadas pela aspiração dos judeus em retornar à sua pátria histórica, além de fatores como perseguições antissemitas e dificuldades econômicas em seus países de origem.

4) A ocupação da Palestina a partir do ano de 133 d.C. ocorreu durante o período conhecido como Domínio Romano sobre a região. Após a derrota da Grande Revolta Judaica liderada por Bar Kokhba, os romanos reprimiram violentamente o povo judeu e destruíram grande parte da cidade de Jerusalém, incluindo o Templo Sagrado. Os romanos então renomearam a região como Palestina e impuseram um governo e uma administração que visavam enfraquecer o poder e a identidade judaica na região.

5) A primeira diáspora dos hebreus/judeus da região onde hoje é a Palestina ocorreu no ano 586 a.C., quando o reino de Judá foi conquistado pelo Império Babilônico. Muitos judeus foram exilados e levados à Babilônia. A segunda diáspora aconteceu no ano 70 d.C., após a destruição do Segundo Templo pelos romanos na Revolta Judaica. Nesse momento, muitos judeus foram dispersos por várias regiões do Império Romano e além.

6) O movimento sionista foi criado no final do século XIX por judeus que buscavam o restabelecimento de um Estado Judeu na Terra de Israel. O objetivo principal do movimento sionista era garantir um local seguro e autônomo para a população judaica, onde pudessem exercer sua soberania nacional e preservar sua cultura e identidade. O movimento sionista conseguiu apoio internacional significativo e foi fundamental para o estabelecimento do Estado de Israel em 1948.

7) A divisão territorial da Palestina em 2023 é complexa e disputada. Atualmente, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza são as principais áreas controladas pela Autoridade Palestina, enquanto Israel exerce controle militar e administrativo em diversas partes da Cisjordânia. Além disso, existem assentamentos israelenses ilegais nos territórios palestinos, o que cria tensões e dificulta os esforços para alcançar uma solução de dois estados.

8) O papel de Israel no contexto da região palestina no Oriente Médio é complexo e controverso. Para os israelenses, Israel é um Estado legítimo e soberano, que busca garantir a segurança e o bem-estar de sua população judaica. Israel se considera como uma democracia pluralista, que valoriza a diversidade e os direitos humanos. No entanto, para os palestinos e muitos países árabes, Israel é visto como uma entidade ocupante, que viola os direitos dos palestinos e impede a criação de seu Estado. O conflito entre Israel e Palestina também afeta diretamente as relações com outros países árabes e a estabilidade regional no Oriente Médio.