A ideia de que extraterráqueos nos visitam a
bordo de naves avançadas é bem datada. Ela surgiu em 1947 nos EUA, depois que o
piloto de aviões Kenneth Arnold relatou ter avistado objetos voadores não
identificados (óvnis). Nos anos 50, os relatos de visões e encontros adquiriram
um padrão epidêmico.

Pacientemente, a Força Aérea dos EUA (no que
depois foi imitada por aeronáuticas de outros países) pôs-se a registrar e
investigar várias centenas dessas histórias, que resultaram no Projeto Signs,
que depois se tornou Projeto Grudge, que virou o Projeto Blue Book.

Em 1966, a Universidade do Colorado escolheu
56 desses casos para estudar melhor, sob o comando do físico Edward Condon.
Dois anos depois, o relatório intitulado "Estudo Científico dos
Óvnis" concluía que não valia a pena seguir pesquisando esse tipo de
fenômeno, que, como já disse acima, envolve quase sempre a uma interpretação
errônea de eventos atmosféricos ou artefatos voadores de fabricação terrestre.
A conclusão foi referendada pela Academia Nacional de Ciências.

Isso significa que os óvnis já foram
considerados seriamente pela ciência e descartados. É claro que ninguém pode
afirmar de forma apodítica(*) que não existem naves espaciais alienígenas, mas
elas já foram procuradas de forma mais ou menos metódica e não foram
encontradas, o que é um indício bastante razoável de inexistência. Com muito
menos "provas" a maioria dos adultos descartamos Papai Noel.

Uma outra forma de pôr a questão é o paradoxo
de [Enrico] Fermi, no qual o físico italiano perguntava: se alienígenas
extraterrestres são comuns, por que não são óbvios? "Onde estão
eles?", na frase que ficou celebrizada.

Para responder a essa pergunta, entusiastas
dos óvnis costumam recorrer a toda sorte de teorias conspiratórias, como a de
que governos escondem as evidências e até mesmo alguns ETs. Foi assim que
surgiram lendas urbanas como a da Área 51 e o ET de Varginha.

Evidentemente, o fato de não termos encontrado
nenhum disco voador não significa que não exista vida fora da Terra. Há uma
disciplina científica, a astrobiologia, que se dedica a esse tipo de busca,
seja na forma de vida inteligente, seja, mais modestamente, como micróbios.

Na primeira categoria estão iniciativas como o
Seti, que procura por sinais de rádio oriundos de planetas distantes. Foram 40
anos de decepcionante silêncio. É claro que 40 anos não são nada diante da
vastidão do Universo, uma civilização alienígena que esteja nos confins do
espaço seria, em termos práticos, uma civilização para nós não existente.

Na segunda, estão as sondas que despachamos
para vários pontos do sistema solar. As que foram a Marte, por exemplo, embora
não tenham encontrado ainda bactérias vivas ou mortas, revelaram indícios que
reforçam a suspeita de que pode haver ou ter havido ali atividade microbiana.
Outros candidatos a comportar vida são os satélites Europa e Titã.  (SCHWARTSMAN, Helio. Discos voadores existem? Folha
de São Paulo,26/08/2010. Disponível em:  http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/788961-discos-voadores-existem.shtml.
Acesso em: 20/09/2103)


(*) apodítica – que só aceita uma proposição
se ela for possível de ser demonstrada.

A partir da leitura e interpretação do texto
acima e  analisando-o à luz do que foi estudado, é correto afirmar que:

Escolha uma:



Todas as iniciativas para estudo da possibilidade de vida fora da terra são
marcadas pela ausência de rigor científico.





Ainda que não exista prova científica da existência de OVNIs a ufologia deve
ser considerada uma ciência.





A ausência de evidências científicas permite que descartemos para sempre toda
e qualquer investigação a respeito da vida fora da Terra.





As evidências científicas até agora apontam para a conclusão de que não há
outros planetas habitados além do nosso.



Questão 2

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