"Aceitar o preceito do amor ao próximo é o ato de origem da humanidade. Todas as outras rotinas da coabitação humana, assim como suas ordens pré-estabelecidas ou retrospectivamente descobertas, são apenas uma lista (sempre incompleta) de notas de rodapé a esse preceito. Se ele fosse ignorado ou abandonado, não haveria ninguém para fazer essa lista ou refletir sobre sua incompletude. Amar ao próximo pode exigir um salto de fé. O resultado, porém, é o ato fundador da humanidade. Também é a passagem decisiva do instinto de sobrevivência para a moralidade" (BAUMAN, Zygmunt. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004, p.98).

O que podemos concluir assertivamente, ao considerarmos a fala do autor (Bauman) e os conteúdos da Unidade I de nosso conteúdo?

Opções de pergunta 4:

a) O ser humano se constitui de forma relacional, no decorrer da existência, o que lhe traz a responsabilidade de ser-no-mundo, cuidando de si mesmo, cuidando do próximo e da natureza.

b) Dizer que o ser humano em sociedade precisa ser mais solidário e amar ao próximo é uma tentativa de pessoas de ideologia "comunista" iludirem as classes mais pobres, para que apoiem o desejo de implantar uma ditadura do proletariado em nosso país.


c) Ao afirmar que amar ao próximo exige um salto de fé, Bauman revela o pano de fundo religioso de sua análise sociológica, o que compromete seus estudos, pois não foram realizados com a devida imparcialidade.


d) O preceito de amar ao próximo provém de valores e dogmas religiosos, não possuindo qualquer relação com o caráter científico de análise da sociedade, que nos ajudará a sanar os problemas sociais.


e) O ser humano é essencialmente individual, daí porque a sociedade moderna em seu estágio mais avançado caminha para o processo de individuação das relações, que deixam de ser organizadas por vínculos afetivos e se tornam mais sistêmicas.