O insucesso escolar exige a integração entre os serviços de saúde e educação através das políticas públicas, pois leva à discrepância entre idade/ano escolar e pode estar relacionado à evasão escolar [...] as neurociências podem contribuir nesse sentindo fornecendo argumentos que ampliam ações para a proteção à criança e ao adolescente, colaborando na fundamentação de práticas pedagógicas que têm sucesso e sugerindo intervenções mais eficientes considerando o funcionamento cerebral. Estudos têm demonstrado a múltipla etiologia do insucesso escolar: disfunção do sistema nervoso central; metodologia de ensino; contexto familiar e social e destacam que a abordagem interdisciplinar se faz necessária, pois permite que as informações obtidas sejam compartilhadas e todos os aspectos que podem influenciar na aprendizagem sejam analisados. Na Psicopedagogia temos um instrumento avaliativo muito eficaz: “Epistemologia Convergente”, desenvolvida pelo argentino Jorge Visca (1935 – 2000); tal instrumento sugere um trabalho clínico utilizando três linhas teóricas: A Psicogenética de Piaget, a Psicanálise de Freud e a Psicologia Social de Enrique Pichon Rivière, propondo o diagnóstico, o tratamento e a prevenção.




Back NCF, Telaska TS, Damari JL, Dettmer CC, Silva SV, Riechi TIJS, et al. Modelo de avaliação de transtornos de aprendizagem por equipe interdisciplinar. Rev. Psicopedagogia 2020;37




Considerando o texto apresentado e a importância da avaliação psicopedagógica clínica interdisciplinar, analise as afirmações a seguir:



I. Os fatores que causam o insucesso escolar são variados, por isso que uma intervenção apenas da psicopedagogia é considerada insuficiente.

II. A avaliação psicopedagógica interdisciplinar contribui para uma maior proteção de crianças e adolescentes nos estágios cruciais de aprendizado.

III. A abordagem interdisciplinar é essencial pois permite o compartilhamento de informações obtidas, direcionando os esforços para a solução real do problema.

IV. O instrumento avaliativo conhecido por “epistemologia convergente”, começa sua análise no professor regente, por entender a influência que o docente tem sobre o aluno e seu aprendizado.
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Quando o docente adota uma postura inflexível mediante as diferenças dos alunos, esperando que eles se adaptem às estratégias em sala de aula, ele contribuir pouco para o desenvolvimento de novas competências em cada um deles. Se isto é uma realidade da prática pedagógica, com qualquer aluno, para efetivar a inclusão escolar daqueles que apresentam TGD (transtornos globais do desenvolvimento), tal perspectiva torna-se ainda mais evidente e a transformação das práticas escolares passa a ser imprescindível. De nada adianta esperar que alunos com TGD, e com ausência de comunicação verbal e não verbal, possa mostrar de imediato, sua hipótese em relação à lógica do código escrito. Da mesma forma o professor, em nada poderá ajudar a si e o aluno com TGD, esperando reações comuns a outros alunos que ingressam na escola. É nesse contexto que surge o papel imprescindível do psicopedagogo, cooperando com o docente para a educação inclusiva. BELISÁRIO FILHO, José Ferreira; CUNHA, Patrícia. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar. Transtornos globais do desenvolvimento. 2010. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/43219. Acesso em: 1 mar. 2021 (adaptado). Considerando o texto apresentado e a prática do psicopedagogo em relação ao docente, avalie as afirmações a seguir. I. O psicopedagogo assume o papel do docente, tendo em vista que sua formação é específica para tratar casos de TGD. II. O psicopedagogo consegue eliminar quadros de TGD em alunos, desde que trabalhe junto ao docente na aplicação de métodos. III. O psicopedagogo trabalha junto ao docente na identificação de quadros de TGD em determinados alunos, a partir deste ponto, ele personaliza método educacional. IV. O psicopedagogo conduz a trajetória educacional em colaboração com o docente, com isso, consegue minimizar os entraves que dificultam a aprendizagem de alunos com TGD. É correto o que se afirma em: Alternativas Alternativa 1: I, apenas. Alternativa 2: II e IV, apenas. Alternativa 3: III e IV, apenas. Alternativa 4: I, II e III, apenas. Alternativa 5: I, II, III e IV.
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Estudos recentes têm identificado alguns sintomas em adultos com diagnóstico de TDAH, são eles: 1. hiperatividade motora (incapacidade de relaxar, dificuldade para realizar atividades sedentárias por muito tempo); 2. déficit de atenção (incapacidade para concentrar em uma conversa ou leitura, distrabilidade, constante perda de objetos); 3. labilidade emocional (variação de humor); 4. temperamento explosivo; 5. dificuldades com relações afetivas instáveis, instabilidade profissional que persiste ao longo da vida e rendimentos abaixo de suas reais capacidades no trabalho e na profissão; 6. desorganização, incapacidade de completar tarefas, cumprir o que se comprometem e de estabelecer metas; 7. impulsividade (tendência a atuar impulsivamente como falar antes de pensar, interromper a conversas dos outros, iniciar e terminar relacionamentos, comportamentos de risco como direção imprudente); 8. instabilidade no matrimônio, menor êxito acadêmico e profissional esperado para o seu potencial intelectual, abuso álcool e de outras substâncias ilícitas. MOTA, A. H. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) na Vida Adulta e Funções Executivas: uma revisão teórica. Revista Interfaces da Saúde, nº1, Ago 2014. Disponível em: https://fvj.br/revista/wp-content/uploads/2014/08/4.-saude.pdf. Acesso em: 25 fev. 2021 (adaptado). Texto 2 Considere este caso hipotético: Olavo tem 8 anos e foi diagnosticado com TDAH. Entre os sintomas apresentados estão a completa desatenção relacionada a conteúdos simples apresentados em sala de aula, a impulsividade em falar e fazer coisas fora da rotina escolar e a hiperatividade. O pai dele, Junior tem 36 anos e sofre com os mesmos sintomas e ambos têm dificuldades de se relacionar entre si, o pai passou 9 meses em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos, depois de usar drogas ilícitas por 10 anos seguidos. Uma das coisas que mais dificultam o tratamento dos dois casos, é que o pai, não consegue reconhecer em si e no filho a necessidade de ajuda para tratamento do TDAH. Considerando os textos que foram apresentados e o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), avalie as afirmações a seguir. I. Os dois casos não podem ser considerados relacionados por fatores genéticos hereditários, pois o TDAH é uma patologia comportamental. II. O pequeno Olavo sofre com os sintomas do TDAH em sua rotina escolar, mas, uma das áreas mais afetadas é o relacionamento com o pai e demais familiares. III. A situação de Olavo e Junior pode ser atenuada por intervenção médica e psicopedagógica, o ponto de partida é a aceitação do fato de que ambos possuem TDAH. IV. O exemplo de Junior é a prova de que o TDAH quando não tratado na infância onde os primeiros sintomas se manifestam, pode levar indivíduos a terem uma vida adulta com muitas dificuldades. É correto o que se afirma em: Alternativas Alternativa 1: I e IV, apenas. Alternativa 2: II e III, apenas. Alternativa 3: III e IV, apenas. Alternativa 4: I, II e IV, apenas. Alternativa 5: II, III e IV, apenas.
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Os transtornos específicos de aprendizagem impõem ao professor o desafio em lidar com sua própria frustração e a do aluno que não consegue aprender a ler, como ocorre na dislexia. A desinformação, consciente ou não, a respeito dos distúrbios da aprendizagem entre os educadores indica que a rotulação e o estigma de alunos tidos como: desinteressados e que não dão para o estudo, antecedem qualquer provisão de intervenções dirigidas a essas dificuldades, não oportunizando ao aluno o direito à educação e seu desenvolvimento integral. TABAQUIM, M.L.M. et al. Concepção de professores do ensino fundamental sobre a dislexia do desenvolvimento. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 97, n. 245, 2016. Disponível em . Acesso em: 19, fev., 2021. (adaptado). Considerando o texto acima e os estudos da disciplina, a respeito dos transtornos específicos da aprendizagem, avalie as afirmativas a seguir: I. A disortografia caracteriza-se pela chamada “letra feia”, confundida com a disgrafia, por vezes, e desencadeada pela ausência de desenvolvimento psicomotor, afeta o traçado ou grafia, apesar de não afetar a escrita correta das palavras. II. Na fase de alfabetização, apesar dos erros serem comuns e o traçado das letras ainda estarem se desenvolvendo, direcionar a criança a fazer do modo correto evita que o traçado incorreto permaneça e possa evoluir para um quadro de disortografia. III. Dentre as causas da disgrafia, a literatura sugere as maturativas, que estão relacionadas a lateralidade, psicomotricidade e equilíbrio, podendo ser observadas por meio da escrita irregular, pressão e velocidade da escrita, além de um distúrbio na orientação percepto-motora. IV. Manifestações secundárias estão presentes na disgrafia, portanto, o docente deve estar atento aos sinais que se apresentam: postura ao sentar, pressão no uso da caneta ou lápis, velocidade da escrita, lenta ou excessivamente rápida, ou seja, o diagnóstico vai além do não escrever bem. É correto o que se afirma em: Alternativas Alternativa 1: I e IV, apenas. Alternativa 2: II e III, apenas. Alternativa 3: III e IV, apenas. Alternativa 4: I, II e IV, apenas. Alternativa 5: II, III e IV, apenas.
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