November 2022 1 51 Report
Ao ler um texto na aula de história para uma turma do quarto ano do ensino fundamental, a professora destacou, com os alunos, todas as palavras e expressões que tivessem relação com tempo.

Assim, ao terminar a leitura, tinham em destaque: "nas primeiras décadas do século XVII"; "nos séculos seguintes"; "durante dois séculos ou mais"; "até o século XVIII"; "no Sete de Setembro".

Considerando as orientações atuais para o trabalho com história, é correto afirmar que: ​​​​​​​


A.
o principal objetivo dessa atividade é garantir a rápida memorização das datas em que os fatos históricos ocorreram. ​​​​​​


B.
a atividade desenvolvida caracteriza um trabalho com marcas temporais que ampliam a noção e o conceito de tempo, como sucessão, ordenação, permanência, passado e presente.


C.
tal atividade não se justifica no quarto ano, pois nessa faixa etária os alunos já têm a noção de tempo muito bem desenvolvida.


D.
a atividade só pretende atender à necessidade de integrar o conteúdo de história com outras áreas de conhecimento, como a língua portuguesa, com base na análise linguística das expressões destacadas.


E.
esse modelo pretende associar a criticidade dos alunos em refletir a respeito da linearidade da história.
Please enter comments
Please enter your name.
Please enter the correct email address.
You must agree before submitting.

Lista de comentários


More Questions From This User See All
a revolução que não se radicaliza morre melancolicamente, como a burguesa. A rigor, uma só revolução existe, a que se deflagrou em 1789: enquanto viveu, ela quis expandir-se, e, assim, a República Francesa se considerou e tentou universal — até o momento em que a pretensão de libertar o mundo se converteu na de anexá-lo, em que os ideais republicanos se reduziram ao imperialismo bonapartista” (RIBEIRO, 1993). Qual alternativa corresponde corretamente à Era Napoleônica? A. Durante o processo revolucionário iniciado em 1789, Napoleão Bonaparte foi um partidário dos girondinos, o que lhe garantiu certo prestígio social em relação aos representantes da burguesia. Todo esse apoio o levou ao poder, por meio de um Golpe de Estado, onde se tornou o líder do Diretório em 1799, até ser coroado imperador. B. A Era Napoleônica pôs fim ao modelo republicano, iniciado em 14 de julho de 1789 na França, e lançou ao mundo um novo modelo de sociedade, o Absolutismo. Todo processo revolucionário francês foi derrotado em relação ao bonapartismo, que encerrou de vez todo e qualquer propósito liberal e republicano que fazia parte do governo napoleônico. C. No início da Revolução Francesa, Napoleão Bonaparte apoiou os jacobinos, terminando preso em 1794 na cidade de Nice. Foi solto devido às suas habilidades no exército, onde conseguiu uma ascensão meteórica, chegando ao ponto de participar do Golpe de Estado do 18 Brumário, fechando o Diretório e criando o Consulado em 1799, para em seguida ser coroado Imperador em 1804. D. As Guerras Napoleônicas foram utilizadas como forma de política pelo I Império francês. Além de uma questão bélica, elas devem ser entendidas como uma cultura política. Os reflexos geopolíticos desses conflitos de proporções épicas só foram solucionados com o final da Grande Guerra em 1918, que solapou de vez os ideais revolucionários iniciados no século XIX. E. Pensar na Era Napoleônica é enxergar uma transformação lenta e gradual na longa duração da história francesa e europeia. O bonapartismo faz parte do ideal iluminista e racional que caracterizou os movimentos de ruptura com o autoritarismo existente no final do século XVIII e início do XIX na Europa em geral, e, particularmente, na França.
Responda
Leia o texto a seguir: “Tínhamos atingido um desenvolvimento econômico de certa forma notável. Exportava o Brasil já em fins dos seiscentos cerca de quatro mil contos anuais – ou seja, mais de cem mil em moeda atual. […] Tal progresso ia encontrar pela frente, embargando-lhe os passos, a opressão colonial da metrópole. Esta oposição de interesses é acentuada por circunstâncias especiais ao momento: o contraste da profunda decadência do Reino, apenas liberado do jugo espanhol. (...) O comércio oriental praticamente terminara, e o fracasso fora completo. A verdade é que só na época da conquista, diz um historiador, a Índia pagava o seu custo; não porém das rendas normais de um Estado, mas do eventual, proveniente de guerras: presas, tomadias, resgates. Depois da conquista dissipa-se a ilusão dos primeiros anos e Portugal, acorrentado à sua obra, foi-se dessangrando de homens e cabedais. […] Era o desastre mais completo. Desfazia-se o império colonial lusitano, e o Reino ia perdendo a principal base da sua economia. Da África só lhe provinham então os proventos do tráfico de escravos, insuficiente, está visto, para alimentar por si só a economia portuguesa. Restava o Brasil, cujas riquezas de país novo e vigoroso se desdobravam não só em possibilidades imediatas, mas em promessas seguras para o futuro.” (PRADO JÚNIOR, 1969) A partir dos conhecimentos acerca do autor e da história econômica brasileira, assinale a alternativa correta: A. Caio Prado Júnior analisa a política colonial no Brasil a partir da ótica econômica, e enfatiza que a opressão portuguesa impediu o desenvolvimento do país, mesmo após a independência em 1822. B. Caio Prado Júnior faz parte da tradição de Gilberto Freyre, que via o mercantilismo como importante base para estabelecer as finanças do país. C. Assim como Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Júnior analisou as conjunturas políticas para estabelecer o projeto colonial brasileiro, que tinha como base a legislação espanhola. D. Caio Prado Júnior se manteve alinhado à produção historiográfica política e econômica que surgiu com o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que se conectava ao marxismo. E. O texto de Caio Prado Júnior fala sobre a necessidade de colonizar o Brasil depois de Portugal perder as feitorias e colônias na África e na Ásia. Assim, ele corrobora a estrutura historiográfica produzida no século XIX.
Responda
Leia o texto a seguir, de Boris Fausto (2002): "Sem o mesmo colorido mas com maior eficácia, ganhou força, no Brasil dos anos 30, a corrente autoritária. O padrão autoritário era e é uma marca da cultura política do país. A dificuldade de organização das classes, da formação de associações representativas e de partidos fez das soluções autoritárias uma atração constante. Isso ocorria não só entre os conservadores convictos como das oligarquias; a partir daí, não dava muito valor à chamada democracia formal. Os liberais contribuíram para justificar essa visão. Temiam as reformas sociais e aceitavam, ou até mesmo incentivavam, a interrupção do jogo democrático toda vez que ele parecesse ameaçado pelas forças subversivas." A partir do contexto de formação da historiografia brasileira na década de 1930, é correto afirmar que: A. Celso Furtado e Mircea Buescu fizeram parte da tradição historiográfica que rompeu com a estrutura narrativa política e cultural, privilegiando a economia. Os estudos marxistas e liberais impulsionaram a produção de obras baseadas na economia brasileira. B. Celso Furtado e Caio Prado Júnior ampliaram a produção historiográfica ao abordar os aspectos políticos da Revolução de 1930. O contexto autoritário descrito no texto foi visto como necessário para que os ideais revolucionários fossem mantidos. C. Pesquisadores como Caio Prado Júnior e Roberto Simonsen foram influenciados pelas mudanças políticas e econômicas da década de 1930 e produziram obras que questionavam o status quo e a produção da historiografia econômica e geral. D. A historiografia econômica brasileira sofreu menos impacto com as mudanças políticas ocorridas no Brasil, pois seu mote era analisar o desenvolvimento econômico. Celso Furtado e Caio Prado Júnior criaram estruturas explicativas que fugiam do debate do presente. E. Roberto Simonsen e Celso Furtado produziram obras alheias aos problemas políticos do país. As macroexplicações econômicas tratavam do processo colonial, que acabou em 1822. Por sua vez, as ideologias marxistas e liberais influenciaram seus escritos.
Responda
Leia o trecho a seguir: "No Brasil, as representações da vida íntima na senzala permaneceram quase constantes, desde antes da Abolição até a década de 1970. [...] Entretanto, se o quadro continuava o mesmo, a moldura havia mudado. Uma frase de Gilberto Freyre assinala a mudança de paradigma [...]: 'essa animalidade dos negros [escravos], essa falta de freio aos instintos, essa desbragada prostituição dentro de cada, animavam-na os senhores brancos [...]'. Sentencia Freyre: 'o negro foi patogênico, mas a serviço do branco'." (SLENES, 2011). Analise as informações e assinale a alternativa correta: A. Apesar de a escravidão ser um assunto muito discutido desde o século XIX, cada época retoma a discussão e imprime uma interpretação própria. Freyre aborda a violência sexual que ocorria dentro do sistema patriarcal, mas imputa a problemática ao homem branco. B. Slenes afirma que Freyre mantém a tradição de discurtir o sistema escravista brasileiro mas, apesar da "diferente moldura", continua com os grandes esquemas explicativos e atenua a violência sexual que existiu nas senzalas brasileiras. C. Freyre dá protagonismo ao homem negro e o absolve do olhar preconceituoso de que a violência sexual que ocorria no sistema patriarcal brasileiro era iniciada pelo homem branco. Seu tom é pessimista, já que o trato dado aos ex-escravizados e seus descentes não mudou muito. D. Freyre pertenceu a uma tradição que questionava a história tradicional produzida até então, mas não fugia da interpretação racista que vigorava na época. Para ele, apesar de o negro não ser o foco da problemática sexual, sua própria natureza atestava ao contrário do argumento. E. Freyre e Caio Prado Júnior construíram argumentos que, além de refutarem a historiografia tradicional que inferiorizava os africanos do período colonial, propõem mudanças práticas para a compensação material aos negros dos danos causados pela escravidão.
Responda

Helpful Social

Copyright © 2025 ELIBRARY.TIPS - All rights reserved.