O filme retrata o quotidiano de uma turma de Francês do 8ºano durante um ano lectivo em Paris. François Marin, professor, tem não só de ensinar mas também de gerir as diferenças e as tensões entre os alunos. Com a passagem do tempo, algumas dessas tensões agudizam-se: Esmeralda e Khoumba, duas amigas, acham que o professor está sempre a gozar com os alunos, Souleymane mostra pouca vontade de trabalhar e agride verbalmente os colegas. Rapidamente, o espaço da sala de aula torna-se um espaço de confrontos, por um lado, entre François e alguns alunos (Esmeralda, Khoumba, Souleymane, Boubacar, etc.) e, por outro, entre os próprios alunos. Souleymane, oriundo de um contexto familiar difícil (a mãe não fala francês, o pai não está muito presente), parece cada vez mais afastado da escola: os seus resultados em várias disciplinas são maus, a sua irritação e o seu irrequietismo aumentam. A determinada altura, a tensão transforma-se em briga e Souleymane abandona a aula depois de ter insultado o professor. Um conselho de disciplina reúne-se e decide a expulsão do aluno. Porém, nem todos oferecem a mesma resistência à pedagogia do professor. Veja-se Wei, de origem chinesa, que não fala bem francês, mas que se esforça bastante, ou ainda Burak, de origem turca, que manifesta uma clara apetência pelo estudo.
François cruza-se também com os colegas na sala de professores onde trocam impressões, eliminam a tensão acumulada, etc. Aqui também François se depara com atitudes diferentes da sua, com estratégias e projectos pedagógicos distintos. Assim, por exemplo, no início do filme, o professor de História propõe a François estabelecerem uma ponte entre as duas matérias: os alunos poderiam ler uma obra na disciplina de Francês que se enquadrasse no programa de História, neste caso um conto de Voltaire. François recusa alegando a fraqueza dos alunos. Contudo, mais tarde descobre-se que deu a ler o Diário de Anne Frank, que aparentemente não estaria bem adaptado nem ao nível nem aos interesses dos alunos.
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Filme: A turma
O filme retrata o quotidiano de uma turma de Francês do 8ºano durante um ano lectivo em Paris. François Marin, professor, tem não só de ensinar mas também de gerir as diferenças e as tensões entre os alunos. Com a passagem do tempo, algumas dessas tensões agudizam-se: Esmeralda e Khoumba, duas amigas, acham que o professor está sempre a gozar com os alunos, Souleymane mostra pouca vontade de trabalhar e agride verbalmente os colegas. Rapidamente, o espaço da sala de aula torna-se um espaço de confrontos, por um lado, entre François e alguns alunos (Esmeralda, Khoumba, Souleymane, Boubacar, etc.) e, por outro, entre os próprios alunos. Souleymane, oriundo de um contexto familiar difícil (a mãe não fala francês, o pai não está muito presente), parece cada vez mais afastado da escola: os seus resultados em várias disciplinas são maus, a sua irritação e o seu irrequietismo aumentam. A determinada altura, a tensão transforma-se em briga e Souleymane abandona a aula depois de ter insultado o professor. Um conselho de disciplina reúne-se e decide a expulsão do aluno. Porém, nem todos oferecem a mesma resistência à pedagogia do professor. Veja-se Wei, de origem chinesa, que não fala bem francês, mas que se esforça bastante, ou ainda Burak, de origem turca, que manifesta uma clara apetência pelo estudo.
François cruza-se também com os colegas na sala de professores onde trocam impressões, eliminam a tensão acumulada, etc. Aqui também François se depara com atitudes diferentes da sua, com estratégias e projectos pedagógicos distintos. Assim, por exemplo, no início do filme, o professor de História propõe a François estabelecerem uma ponte entre as duas matérias: os alunos poderiam ler uma obra na disciplina de Francês que se enquadrasse no programa de História, neste caso um conto de Voltaire. François recusa alegando a fraqueza dos alunos. Contudo, mais tarde descobre-se que deu a ler o Diário de Anne Frank, que aparentemente não estaria bem adaptado nem ao nível nem aos interesses dos alunos.