Concepção

... O próprio do homem cumpre então sua dupla
capacidade de se afastar de si mesmo e de usar esse afastamento para se
compreender como um de seus objetos.

No
entanto, nesse afastamento o homem pensa a si mesmo como uma coisa que existe,
e essa consciência da existência abre uma pista de reflexão que ultrapassa o
problema do próprio homem: tomado como quem existe sob o modo da
não-coincidência consigo mesmo, o homem não é mais o ser ao qual uma natureza
determinada pode marcar, mas ao contrário, o ser que excede os limites de toda
natureza porque dispõe do poder de todas as naturezas que quiser nele
atualizar. Essa abordagem, que nos faz "nascidos capazes de nos tornarmos
tudo o que queremos ser" (Picolo della Mirandola), define precisamente
nossa dignidade de homens compreendida como a tarefa de nos mesmo determinarmos
nossa própria natureza. (GERBIER apudARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia
da Educação, 
São Paulo: Moderna, 2006, p. 233).


 

 


 

I. O ser humano é um "ser-para-si",
aberto à possibilidade de construir ele próprio sua existência.


II. O ser humano é um ser "em-si" com
pouca capacidade de se colocar do lado de fora.


III. Nosso corpo é como uma máquina, funciona como
um instrumento universal, por isso, somos capazes de entender as leis da
natureza.


I.


II.


I
e III
 III.
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Paulo Freire foi, provavelmente, o primeiro educador a proclamar que não existe educação que seja politicamente neutra. Em outras palavras, que numa sociedade em que convivem segmentos da população com interesses opostos e contraditórios, é impossível a existência de uma única educação que sirva, da mesma maneira, a todos estes grupos sociais. Ela estará sempre a favor de alguém e, por consequência, contra alguém. Numa sociedade de classes não é possível um tipo de educação que seja a favor de todos. Um exemplo muito citado por Paulo é que a educação pode contribuir para que as pessoas se acomodem ao mundo em que vivem ou se envolvam na transformação dele. É impossível imaginar-se uma educação que contribua para que as pessoas se acomodem e, ao mesmo tempo, busquem transformações. A educação ou será conservadora ou transformadora. Ao ser transformadora, estará contra os grupos que se beneficiam com a situação e a favor dos que são prejudicados por ela. Ao ser conservadora, estará a favor dos grupos beneficiados e contra os prejudicados. Esta constatação da politicidade da educação traz para o educador a necessidade de perguntar-se a quem está servindo com a educação que pratica.    Analise as assertivas abaixo:  I. A negação de servir a algum grupo, isto é, a crença na neutralidade, é uma atitude conservadora que serve os que se beneficiam da situação.  II. Mas, ao afirmar que toda educação é política, Paulo Freire fazia absoluta questão de dizer que ela não é partidária.  III. Partidos políticos são organizações transitórias com propostas particulares para solução de problemas específicos.  IV. Partidos diferentes propõem formas diferentes de transformar ou conservar os privilégios na sociedade.  V. Reduzir a educação aos limites partidários seria empobrecê-la, não atendendo ao objetivo de “ser mais” que os seres humanos buscam ao se educarem.” (Barreto, p. 61-62, 1998)  Assinale a alternativa correta, de acordo com o pensamento de Paulo FreireSomente II, III e IV estão corretas Todas as assertivas estão corretas Somente I, III e V estão corretas Todas estão corretas 
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