Essa é a descrição do viajante-naturalista botânico alemão Carl Philipp von Martius, que passou dez meses da sua vida no Brasil, ao escrever sobre a floresta amazônica:
"Escuro como o inferno, emaranhado como o caos, aqui se estende uma floresta impenetrável de troncos gigantescos, desde a foz do Amazonas até muito além do território português em direção a Oeste. ... A natureza pudibunda do reino vegetal parece, de repente, sentir prazer em produzir formações grotescas, numa ânsia inquieta. Arbustos com espinhos irritantes e malignos, palmeiras com terríveis aguilhões, cipós laticíferos emaranhados perturbam os sentidos do peregrino ... Não admira que a alma do índio, errando em tal ambiente, torne-se sombria e de tal maneira, que, perseguido pelas sombras da solidão, possa ver em toda parte criações fantasmagóricas da sua rude imaginação".
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Cara Dayane,Essa é a descrição do viajante-naturalista botânico alemão Carl Philipp von Martius, que passou dez meses da sua vida no Brasil, ao escrever sobre a floresta amazônica:
"Escuro como o inferno, emaranhado como o caos, aqui se estende uma floresta impenetrável de troncos gigantescos, desde a foz do Amazonas até muito além do território português em direção a Oeste. ... A natureza pudibunda do reino vegetal parece, de repente, sentir prazer em produzir formações grotescas, numa ânsia inquieta. Arbustos com espinhos irritantes e malignos, palmeiras com terríveis aguilhões, cipós laticíferos emaranhados perturbam os sentidos do peregrino ... Não admira que a alma do índio, errando em tal ambiente, torne-se sombria e de tal maneira, que, perseguido pelas sombras da solidão, possa ver em toda parte criações fantasmagóricas da sua rude imaginação".