April 2022 1 12 Report


De quantas graças tinha, a Natureza

Fez um belo e riquíssimo tesouro;

E com rubis e rosas, neve e ouro,


Formou sublime e angélica beleza.



Pôs na boca os rubis, e na pureza


Do belo rosto as rosas, por quem mouro;


No cabelo o valor do metal louro;


No peito a neve em que a alma tenho acesa.



Mas nos olhos mostrou quanto podia,

E fez deles um sol, onde se apura

A luz mais clara que a do claro dia.



Enfim, Senhora, em vossa compostura

Ela a apurar chegou quanto sabia

De ouro, rosas, rubis, neve e luz pura.






No soneto camoniano acima transcrito, o verso que sugere a indiferença da mulher diante do sentimento do eu-lírico é
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