Não posso fazer a dissertação para você, portanto citarei alguns argumentos, assim como alguns fatos, da minha própria interpretação dos livros de Zygmunt Bauman (quem introduziu o conceito de mundo líquido).
A modernidade líquida faz referência à volatilidade das sociedades do final do século XX e do século XXI. O fim da Segunda Guerra Mundial, seguido das revoluções tecnológicas, trouxe uma onda de liberalismo que desencadeou um processo talvez irreversível.
Em tempos pré-modernidade, os valores de uma sociedade - assim como o comportamento de seus indivíduos e seus nichos sociais - permaneciam estáticos; eram necessárias verdadeiras revoluções para que houvesse uma mudança significativa na estruturação da sociedade.
Tome por exemplo a Idade Média, onde a Igreja Católica possuía a supremacia econômica e social. Levava-se anos e uma série de revoluções para que esses cenários se revertesses (no caso do Medievalismo, foi necessário o Renascimento, a Implementação de Monarquias Absolutistas etc).
Agora, no entanto, é difícil acompanhar as mudanças da sociedade, que desenvolveu uma verdadeira aversão pelo congelamento de valores. Surgem novas tecnologias, novas correntes ideológicas e novas identidades sociais de maneira que rotulá-las e categorizá-las seria uma tarefa infinita.
Isso, em minha opinião, é um cenário irreversível. A não ser que passemos por um grande retrocesso tecnológico, a tendência é que a sociedade mude cada vez mais e cada vez mais rápido.
Por último, vale ressaltar que a modernidade líquida traz com si uma ascensão sem precedentes do liberalismo (tanto político como social). Por isso, deixo uma ideia capaz de gerar boas reflexões e novos argumentos:
"Tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância. Se estendermos tolerância ilimitada até mesmo para aqueles que são intolerantes, se não estivermos preparados para defender a sociedade tolerante contra a investida dos intolerantes, então os tolerantes serão destruídos, e a tolerância junto destes" - Karl Popper, Filósofo Austríaco.
Bons estudos.
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guipocas
Deixo como sugestão os livros 'modernidade líquida' de Zygmunt Bauman e '44 cartas de um mundo líquido moderno', do mesmo autor.
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Olá.Não posso fazer a dissertação para você, portanto citarei alguns argumentos, assim como alguns fatos, da minha própria interpretação dos livros de Zygmunt Bauman (quem introduziu o conceito de mundo líquido).
A modernidade líquida faz referência à volatilidade das sociedades do final do século XX e do século XXI. O fim da Segunda Guerra Mundial, seguido das revoluções tecnológicas, trouxe uma onda de liberalismo que desencadeou um processo talvez irreversível.
Em tempos pré-modernidade, os valores de uma sociedade - assim como o comportamento de seus indivíduos e seus nichos sociais - permaneciam estáticos; eram necessárias verdadeiras revoluções para que houvesse uma mudança significativa na estruturação da sociedade.
Tome por exemplo a Idade Média, onde a Igreja Católica possuía a supremacia econômica e social. Levava-se anos e uma série de revoluções para que esses cenários se revertesses (no caso do Medievalismo, foi necessário o Renascimento, a Implementação de Monarquias Absolutistas etc).
Agora, no entanto, é difícil acompanhar as mudanças da sociedade, que desenvolveu uma verdadeira aversão pelo congelamento de valores. Surgem novas tecnologias, novas correntes ideológicas e novas identidades sociais de maneira que rotulá-las e categorizá-las seria uma tarefa infinita.
Isso, em minha opinião, é um cenário irreversível. A não ser que passemos por um grande retrocesso tecnológico, a tendência é que a sociedade mude cada vez mais e cada vez mais rápido.
Por último, vale ressaltar que a modernidade líquida traz com si uma ascensão sem precedentes do liberalismo (tanto político como social). Por isso, deixo uma ideia capaz de gerar boas reflexões e novos argumentos:
"Tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância. Se estendermos tolerância ilimitada até mesmo para aqueles que são intolerantes, se não estivermos preparados para defender a sociedade tolerante contra a investida dos intolerantes, então os tolerantes serão destruídos, e a tolerância junto destes" - Karl Popper, Filósofo Austríaco.
Bons estudos.