Grande sertão: Veredas



[...] eu não sabia ler. Então meu padrinho teve uma decisão: me enviou para o Curralinho, para ter escola e morar em casa de um amigo dele, Nhô Marôto [...]. Bom homem. Lá eu não carecia de trabalhar, de forma nenhuma, porque padrinho Selorico Mendes acertava com Nhô Marôto de pagar todo fim de ano o assentamento da tença e impêndio, até de botina e roupa que eu precisasse. [...] A ser que, alguma vez, Nhô Marôto me pedia um ou outro serviço, [...] me agradando e dizendo que estimava como um favor. Nunca neguei a ele meus pés e mãos, e mesmo não era o nenhum trabalho notável. Vai, acontece, ele me disse: – Baldo, você carecia mesmo de estudar [...] Você não é habilidoso. Isso que ele me disse me impressionou, que de seguida formei em pergunta, ao Mestre Lucas. Ele me olhou, um tempo – era homem de tão justa regra, e de tão visível correto parecer, que não poupava ninguém! [...] Assim Mestre Lucas me respondeu! – E certo. Mas o mais certo de tudo é que um professor de mão-cheia você dava... E, desde o começo do segundo ano, ele me determinou de ajudar no corrido da instrução, eu explicava aos meninos menores as letras e a tabuada. [...]



De acordo com esse texto, o valor humano e social presente na atitude do padrinho em relação ao narrador é

a consideração com o espaço do outro.
a honestidade nas relações.
a importância de ajudar o próximo.
a tolerância a ideias diferentes.
a valorização do ato de trabalhar.
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