Há muito tempo, com efeito, nossos grandes precursores, Michelet, Fustel de Coulanges, nos ensinaram a reconhecer: o objeto da história é, por natureza, o homem. Digamos melhor: os homens. Mais que o singular, favorável à abstração, o plural, que é o modo gramatical da relatividade, convém a uma ciência da diversidade. Por trás dos grandes vestígios sensíveis da paisagem, [os artefatos ou as máquinas,] por trás dos escritos aparentemente mais insípidos e as instituições aparentemente mais desligadas daqueles que as criaram, são os homens que a história quer capturar. Quem não conseguir isso será apenas, no máximo, um serviçal da erudição. Já o bom historiador se parece com o ogro da lenda. Onde fareja carne humana, sabe que ali está a sua caça. BLOCH, M. Apologia da História. Rio de Janeiro: Zahar, 2002. p. 54 O texto apresenta como o objeto de pesquisa do historiador sempre será o homem. Com base no texto e no e-book da unidade, podemos afirmar que:
A alternativa B é a certa. O historiador Marc Bloch ressalta a importância dos indivíduos na escrita da História. Ele enfatiza que, mais do que as dimensões de tempo e espaço, é o estudo dos homens, em sua diversidade, que a História busca capturar.
As afirmativas II e III estão certas.
Bloch valoriza o plural, indicando a relatividade inerente à ciência histórica. Ele acredita que o bom historiador deve ser como um ogro que, em suas palavras, fareja a "carne humana," ou seja, é um profissional que deve buscar compreender a ação e a influência das pessoas ao longo dos tempos.
Analisando as demais afirmativas:
I- Incorreta. Bloch destaca que na definição clássica da História, a temporalidade e a espacialidade não fazem parte do ofício do historiador. Essas são condições mais atuais.
IV- Afirmativa incorreta. O autor não destaca os trabalhos da Escola dos Annales em detrimento dos trabalhos de historiadores mais antigos. Seus ofícios são essenciais para a compreensão das necessidades presentes nos trabalhos mais atuais, sendoparte integrante do processo.
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A pergunta completa é a seguinte:
Leia com atenção o texto abaixo: "Há muito tempo, com efeito, nossos grandes precursores, Michelet, Fustel de Coulanges, nos ensinaram a reconhecer: o objeto da história é, por natureza, o homem. Digamos melhor: os homens. Mais que o singular, favorável à abstração, o plural, que é o modo gramatical da relatividade, convém uma ciência da diversidade. Por trás dos grandes vestígios sensíveis da paisagem, [os artefatos ou máquinas] por trás dos escritos aparentemente mais insípidos e as instituições aparentemente mais desligadas daqueles que a criaram, são os homens que a história quer capturar. Quem não conseguir isso será apenas, no máximo, um serviçal da erudição. Já o bom historiador se parece com o ogro da lenda. Onde fareja carne humana, sabe que ali está a sua caça". (BLOCH, 2001, p. 54 e 55)
Analisando a citação e com a ajuda dos seus conhecimentos, podemos concluir que:
I- Bloch destaca que na definição clássica da História, a temporalidade e a espacialidade são as dimensões mais importantes para o ofício do historiador.
II- Bloch ressalta a importância dos homens para a História, afinal de contas, eles são o objeto principal do estudo desta ciência.
III- A troca do singular para o plural na palavra homem é realizada para destacar a diversidade da História enquanto ciência.
IV - O autor destaca as diferenças entre os trabalhos da Escola dos Annales, considerados mais corretos, em detrimento dos trabalhos de historiadores mais antigos, como Michelet e Fustel de Coulanges.
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A alternativa B é a certa. O historiador Marc Bloch ressalta a importância dos indivíduos na escrita da História. Ele enfatiza que, mais do que as dimensões de tempo e espaço, é o estudo dos homens, em sua diversidade, que a História busca capturar.
As afirmativas II e III estão certas.
Bloch valoriza o plural, indicando a relatividade inerente à ciência histórica. Ele acredita que o bom historiador deve ser como um ogro que, em suas palavras, fareja a "carne humana," ou seja, é um profissional que deve buscar compreender a ação e a influência das pessoas ao longo dos tempos.
Analisando as demais afirmativas:
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A pergunta completa é a seguinte:
Leia com atenção o texto abaixo: "Há muito tempo, com efeito, nossos grandes precursores, Michelet, Fustel de Coulanges, nos ensinaram a reconhecer: o objeto da história é, por natureza, o homem. Digamos melhor: os homens. Mais que o singular, favorável à abstração, o plural, que é o modo gramatical da relatividade, convém uma ciência da diversidade. Por trás dos grandes vestígios sensíveis da paisagem, [os artefatos ou máquinas] por trás dos escritos aparentemente mais insípidos e as instituições aparentemente mais desligadas daqueles que a criaram, são os homens que a história quer capturar. Quem não conseguir isso será apenas, no máximo, um serviçal da erudição. Já o bom historiador se parece com o ogro da lenda. Onde fareja carne humana, sabe que ali está a sua caça". (BLOCH, 2001, p. 54 e 55)
Analisando a citação e com a ajuda dos seus conhecimentos, podemos concluir que:
Estão corretas as afirmativas: