Em estado de repouso seu organismo encontra-se em em homeostasia, ou seja, a energia necessária para as funções corporais tem origem do metabolismo aeróbico. Durante o repouso, o consumo de oxigênio (O2) fornece uma estimativa da necessidade energética basal corporal. Assim, a necessidade energética total de um indivíduo é relativamente baixa como, por exemplo, em um jovem adulto de 70 kg, o consumo de oxigênio cerca de 3,5 ml de O2/kg de peso corporal por minuto. No entanto, você resolve passar de seu estado de repouso e iniciar uma série de polichinelos, abdominais e flexões de braço, ou ainda uma corrida, passando para um estado de exercícios físicos, proporcionando um aumento das necessidades energéticas e o consumo de oxigênio do seu organismo. Contudo, o consumo do oxigênio não aumenta em concordância com essa nova demanda energética. Nesse período entre o início do exercício até atingir a demanda necessária de oxigênio (estável), o organismo utiliza fontes anaeróbicas de produção de energia (ATP), como o sistema ATP-PC (ATP fosfocreatina) e na sequência glicólise. Conforme o consumo de O2 se torna estável, as demandas energéticas vão sendo supridas pelo metabolismo aeróbico.
Assim, pode-se afirmar que vários sistemas energéticos atuam com uma pequena sobreposição de uns aos outros, para suprir as demandas do organismo, desde o repouso até a estabilidade durante o exercício. Esse período que compreende a falta de oxigênio entre o início do exercício do corpo em repouso até a estabilidade do consumo de O2 é denominado como déficit de oxigênio.
Ao final de seus exercícios, você entra em estado de repouso novamente, no entanto, da mesma forma que a taxa metabólica não aumenta instantaneamente com o início do exercício, ao finalizar a sessão de treinamento, a taxa metabólica não cai instantaneamente, mas continua alta por algum tempo, variando esse tempo, principalmente, pela intensidade do exercício realizado. A este consumo elevado de oxigênio após a interrupção do exercício físico, damos o nome de consumo excessivo de oxigênio pós-esforço, o EPOC.
Abaixo temos dois gráficos que apresentam duas situações de estado de repouso com início de exercícios físicos, com um estado de repouso após o exercício físico.
Fonte: Fisiologia Humana. Felipe Natali de Almeida. Unicesumar, 2019, p. 36-39.
Como discutido, seu organismo é capaz de manter a estabilidade do consumo e fornecimento de oxigênio durante o exercício, além de sua recuperação pós-exercício no período de EPOC, pois ainda há uma taxa metabólica elevada. Levando em consideração todas as informações, responda as questões abaixo:
a) Comente sobre as duas hipóteses que podem levar seu organismo a ter um déficit no consumo do O2, necessário para realização do metabolismo aeróbico.
Lista de comentários
O déficit de oxigênio acontece ou por problemas hemáticos ou por problemas de trocas gasosas. O primeiro problema pode acontecer por hemorragia ou anemia, já o segundo pode ser um choque anafilático, perfurações torácicas, bronco constrição ou problemas nervosos.
O que a falta de oxigênio sistêmica causa?
Ela causa uma acidose metabólica devido ao aumento da fermentação nas células, produzindo ácido lático que irá puxar o pH para baixo.
Com a queda do pH o sangue se torna mais ácido e todos os tecidos irão sofrer degenerações proteicas e pode ser fatal.
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#SPJ1
Resposta:
Existem duas hipóteses que podem levar ao organismo sofrer um déficit no consumo de O2: no início do exercício, o suprimento de oxigênio disponível para os músculos em contração é inadequado, isso quer dizer, pelo menos em algumas mitocôndrias, em alguma parte do tempo é possível que não haja moléculas de oxigênio disponíveis para aceitar elétrons ao final das cadeias de transporte de elétron; Se isso ocorrer, a taxa de fosforilação oxidativa (todo consumo de oxigênio corporal), seria restrito. A segunda hipótese pode se basear na sustentação da ocorrência de um atraso, os estímulos para fosforilação oxidativa demoram algum tempo para atingir seus níveis finais e produzir totalmente seus efeitos em uma dada intensidade de exercícios.
Explicação: