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Leia com atenção o excerto da crônica de Luis Fernando Veríssimo “O filósofo e seu cachorro” e observe as sentenças simples e complexas e suas relações.



“O filósofo costumava falar com seu cachorro. Os dois estavam chegando ao fim da vida ao mesmo tempo, e a idade os aproximara ainda mais. O filósofo não podia mais ler ou escrever, e falar com o cachorro era a única maneira de desfiar seus pensamentos, pois sua mente continuava ativa. [...]

- Mas eu nunca penso no universo e na morte.

- Exatamente. Porque você não sabe que vai morrer.

- Fiquei sabendo agora. Obrigado, viu?

- É isso que eu quero. Essa sábia ignorância, essa burrice caridosa... Podemos até trocar de lugar, se você concordar. Lhe dou todas as minhas especulações, minhas teses, meu ego e minha angústia, em troca da sua paz.

- Acho que sua família não aprovaria. E não sei se eu ficaria bem de cardigã.

Nisso, a neta do filósofo entrou na biblioteca e tentou acordá-lo, sacudindo-o, dizendo: "Vô, vô, o lanche", mas não conseguiu, e foi correndo chamar a mãe. O cachorro também continuou com os olhos fechados.”



VERÍSSIMO, L. F. Em algum lugar do paraíso. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011. p. 81-85.

Com base nas informações apresentadas, identifique se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas a seguir.

( ) “O filósofo não podia mais ler ou escrever, e falar com o cachorro era a única maneira de desfiar seus pensamentos[...]” é formado por uma sentença complexa.
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