PERGUNTA 4 As vozes verbais dizem respeito à maneira que a ação do verbo é expressa na oração de acordo com o sujeito que faz ou sofre a ação. Considerando as vozes verbais, leia com atenção um trecho da crônica de Luis Fernando Veríssimo: “Ele estava voltando para casa como fazia, com fidelidade rotineira, todos os dias à mesma hora. [...] Furou-lhe um pneu. Com dificuldade ele encostou o carro no meio-fio e preparou-se para a batalha contra o macaco [...] Conseguiu fazer o macaco funcionar, ergueu o carro, trocou o pneu e já estava fechando o porta-malas quando a sua aliança escorregou pelo dedo sujo de óleo e caiu no chão. Ele deu um passo para pegar a aliança do asfalto, mas sem querer a chutou. A aliança bateu na roda de um carro que passava e voou para um bueiro. [...] Começou a pensar no que diria para a mulher. Imaginou a cena. Ele entrando em casa e respondendo às perguntas da mulher antes de ela fazê-las. [...] E ele contaria. Tudo, exatamente como acontecera. [...] — Que coisa - diria a mulher, calmamente. — Não é difícil de acreditar? — Não. É perfeitamente possível. — Pois é. [...] Chegando em casa ele disse: — Tirei para namorar. Para fazer um programa. E perdi no motel. Pronto. Não tenho desculpas. Se você quiser encerrar nosso casamento agora, eu compreenderei. Ela fez cara de choro. Depois correu para o quarto e bateu com a porta. Dez minutos depois reapareceu. Disse que aquilo significava uma crise no casamento deles, mas que eles, com bom-senso, a venceriam. — O mais importante é que você não mentiu pra mim. E foi tratar do jantar. Fonte: VERÍSSIMO, L. F. As mentiras que os homens contam. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2000. A função sintática do sujeito não possui, necessariamente, uma natureza de agente, mesmo que o verbo denote a realização de uma ação, como ocorre em: a. “Tirei para namorar”. b. “A aliança bateu na roda de um carro”. c. “Furou-lhe um pneu”. d. “você não mentiu pra mim”. e. “Ele estava voltando para casa”.
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