Leia o fragmento de um auto escrito por Gil Vicente, autor português do século XVI:



Entra Todo o Mundo, homem rico mercador, e faz que anda buscando alguma cousa que se lhe perdeu; e logo após ele um homem, vestido como pobre, este se chama Ninguém, e diz:



Ninguém

Que andas tu aí buscando?



Todo o Mundo

Mil cousas ando a buscar:
delas não posso achar,
porém ando porfiando*
por quão bom é porfiar.



Ninguém

Como hás nome, cavaleiro?



Todo o Mundo

Eu hei nome Todo o Mundo,
e meu tempo todo inteiro
sempre é buscar dinheiro,
e sempre nisto me fundo.



Ninguém

Eu hei nome Ninguém,
e busco a consciência.



Belzebu

Esta é boa experiência
Dinato, escreve isto bem.



Dinato

Que escreverei, companheiro?



Belzebu

Que ninguém busca consciência,
e todo o mundo dinheiro.



* porfiar: insistir, teimar

VICENTE, Gil. Obras completas. 3ª ed. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1968.Vol. VI, p. 83.



Assinale a alternativa correta:

A
Dinato é o narrador em primeira pessoa, que resume e explica as falas das outras personagens.

B
Belzebu é o narrador em primeira pessoa, que resume e explica as falas das outras personagens.

C
As personagens são descritas por um narrador em terceira pessoa no início do texto.

D
O texto não possui narrador; Dinato e Belzebu são apenas personagens.
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(COTUCA) Segundo um levantamento feito pela Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos Elétricos), 627 pessoas morreram em decorrência de acidentes elétricos no Brasil, em 2014. No entanto, estima-se que o número de acidentes seja até cinco vezes maior do que o registrado. Acredita-se ainda que uma das principais causas para esses acidentes seja o uso excessivo do multiplicador de tomadas (também conhecido por T, T-extensão e, em alguns casos, benjamim) como mostra a imagem abaixo: É CORRETO afirmar que o multiplicador de tomadas: A aumenta a tensão da tomada, para poder dividi-la em suas saídas. Ao ligarmos vários aparelhos simultaneamente, podemos gerar um aumento da potência do multiplicador e da tomada, levando ao funcionamento anormal dos aparelhos, ocasionando choques elétricos ou incêndio. B diminui a tensão da tomada, fazendo com que cada uma das suas saídas tenha a mesma potência. Ao ligarmos vários aparelhos simultaneamente, uma corrente elétrica elevada chega aos aparelhos, o que pode ocasionar choques elétricos ou explosões dos aparelhos. C mantém, em cada uma das suas saídas, a mesma tensão da tomada. Ao ligarmos vários aparelhos simultaneamente, podemos causar um curto-circuito na tomada ou um funcionamento anormal dos aparelhos e ocasionar incêndio. D aumenta a capacidade da tomada e a divide em suas saídas. Ao ligarmos vários aparelhos simultaneamente, podemos gerar uma sobrecarga no multiplicador e nos aparelhos e ocasionar choques elétricos. E mantém, em cada uma das suas saídas, a mesma corrente elétrica da tomada. Ao ligarmos vários aparelhos simultaneamente, podemos causar um aumento de tensão no multiplicador e nos aparelhos, além de explosões ou incêndio.
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Patrícia, professora de Ciências da Natureza do 8º ano, dividiu sua turma em duplas de trabalho. De acordo com suas instruções, eles deveriam explorar experimentalmente os principais processos de eletrização, registrando todos os resultados obtidos. Gabriel prende uma pequena bolinha de papel alumínio amassado em um lápis, utilizando para isso uma linha de algodão, enquanto Júlia esfrega o corpo de uma caneta esferográfica em seus cabelos, repetidas vezes. Em seguida, enquanto Gabriel segura o lápis, mantendo a bolinha suspensa, Júlia realiza os seguintes experimentos: I – Aproxima o corpo da caneta da bolinha, sem encostá-lo, e verifica que ela é atraída. Depois, ao afastar o corpo da caneta, verifica que a bolinha volta à posição vertical. II - Aproxima o corpo da caneta da bolinha, deixando que ela toque o corpo da caneta. Logo que isso acontece, verifica que a bolinha é repelida pelo corpo da caneta. Este não toca a bolinha! III – Esfrega novamente o corpo da caneta em seus cabelos e, sem seguida, o aproxima da bolinha. Por mais que ela tente tocar a bolinha com o corpo da caneta, ela verifica que isso não é possível, já que a bolinha é permanentemente repelida por ele. Com base nos experimentos realizados, responda às questões a seguir. a) A bolinha foi eletrizada no experimento I? Justifique. b) O que poderia justificar a atração entre a bolinha e o corpo da caneta no experimento I? c) Quais foram os processos de eletrização que ocorreram na realização dos experimentos realizados por Gabriel e Júlia? d) Qual é a diferença, quanto aos sinais das cargas elétricas dos corpos eletrizados, entre os processos de eletrização que ocorreram nos experimentos realizados pelos estudantes?
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