Carros voadores não são novidade. Santos Dumont tinha um em 1909: o Demoiselle – um aviãozinho com o comprimento de carro e peso de libélula (que é o outro significado da palavra demoiselle). Eram só 110 quilos, basicamente nada para algo equipado com um motor. E tudo numa estrutura tão mirrada que o piloto não se sentava no avião. Vestia o avião.
Dumont usava o Demoiselle como carro mesmo: costumava voar para a casa de amigos, pousando nos jardins das mansões deles para tomar um chá. A primeira viagem foi um trajeto de 8 km nos arredores de Paris [...].
Claro: “carro voador” é uma figura de linguagem. Estamos falando das origens da aviação, uma aventura da humanidade que começou no século 19, teve seu marco principal em 1903 [...].
Corta para 2022. O mundo da aviação agora passa por um momento equivalente àquele do início do século 20. Temos uma corrida global entre pioneiros de uma nova tecnologia: a dos eVTOLs – basicamente drones gigantes que podem fazer dos deslocamentos aéreos de curta distância algo [...] barato e cotidiano [...].
Ou seja: algo mais parecido com um “carro voador”, ou com o Demoiselle de Dumont, do que aquilo que os aviões e helicópteros se tornaram.
Tudo com uma coincidência agradável. Da mesma forma que Santos Dumont foi um dos protagonistas daquela era, também temos mentes brasileiras na linha de frente dessa nova revolução [...].
VERSIGNASSI, Alexandre. A volta do “carro voador”. In: Superinteressante. 2022. Disponível em: <>. Acesso em: 15 set. 2022. Fragmento.
Nesse texto, um trecho que apresenta opinião é:
A) “Santos Dumont tinha um em 1909...”. (1º parágrafo)
B) “Dumont usava o Demoiselle como carro mesmo...”. (2º parágrafo)
C) “A primeira viagem foi um trajeto de 8 km...”. (2º parágrafo)
D) “Estamos falando das origens da aviação,...”. (3º parágrafo)
E) “Tudo com uma coincidência agradável.”. (6º parágrafo)
Alternativa E. O trecho que inclui opinião emprega um adjetivo em valor avaliativo. A adjetivação é um dos marcadores opinativos dentro de um texto, embora não seja o único.
Os adjetivos e a opinião
Adjetivos podem cumprir a função sintática de adjunto adnominal, especificando o sentido de um substantivo. Neste caso, não necessariamente irão representar opinião. Entretanto, uma das formas clássicas de subjetivação ou valoração dentro do enunciado é a adjetivação.
No caso citado no exercício, o adjetivo "agradável" funciona como um comentário às informações apresentadas previamente. Ele funciona como demarcador do posicionamento do autor dentro do texto.
Sobre as alternativas do exemplo:
A. Incorreta. Trata-se de inferência, não opinião.
B. Incorreta. O valor é descritivo.
C. Incorreta. É uma exposição de informação.
D. Incorreta. Trata-se de síntese ou resumo.
E. Correta. O "agradável" indica opinião ou valoração.
Continue aprendendo sobre demarcadores de opinião aqui:
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Alternativa E. O trecho que inclui opinião emprega um adjetivo em valor avaliativo. A adjetivação é um dos marcadores opinativos dentro de um texto, embora não seja o único.
Os adjetivos e a opinião
Adjetivos podem cumprir a função sintática de adjunto adnominal, especificando o sentido de um substantivo. Neste caso, não necessariamente irão representar opinião. Entretanto, uma das formas clássicas de subjetivação ou valoração dentro do enunciado é a adjetivação.
No caso citado no exercício, o adjetivo "agradável" funciona como um comentário às informações apresentadas previamente. Ele funciona como demarcador do posicionamento do autor dentro do texto.
Sobre as alternativas do exemplo:
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