Leia o trecho a seguir:

“Gramsci acrescenta: na Itália, os intelectuais laicos fracassaram em sua tarefa de difundir uma nova concepção cultural, um novo humanismo, até as camadas mais profundas e mais ignorantes do povo, o que era necessário fazer.

Os intelectuais democratas e laicos não o fizeram porque mantiveram-se como uma casta separada, com uma linguagem separada, com sua própria vida cultural separada. Faltou assim o elemento essencial da construção democrática e de uma reforma intelectual e moral em nosso país, coisa que só a classe operária pode fazer, não a Igreja católica. Porque esta mantém separados os intelectuais e as pessoas simples, fala duas linguagens diferentes, uma para os intelectuais e outra para os humildes, mas ao mesmo tempo toma muito cuidado para que os intelectuais não rompam a relação com as pessoas simples. […]

Esse processo de unificação entre os intelectuais e os simples pode ser realizado pela classe operária graças ao marxismo e criando novos quadros de intelectuais orgânicos da classe operária, que são seus quadros, seus dirigentes”.

GRUPPI, L. Tudo começou com Maquiavel: as concepções de Estado em Marx, Engels, Lênin e Gramsci. Porto Alegre: L&PM Editores, 1986.

O fragmento acima aponta a separação e as diferenças existentes entre os intelectuais e o povo simples que compõem a sociedade como um todo. Observando a citação de Gruppi e os conteúdos estudados, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:

I. Para Gramsci, a teoria marxista é importante para superar o hiato entre intelectuais e pessoas simples.

Porque:

II. Por meio dessa teoria é possível orientar os intelectuais orgânicos da classe dominada e direcionar a organização espontânea do povo simples para o combate à classe dominante.

A seguir assinale a alternativa correta:

a.
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.

b.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.

c.
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.

d.
As asserções I e II são proposições falsas.

e.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
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Leia o trecho a seguir: “Ao afirmar-se como concepção de mundo, a filosofia da práxis possibilita superar o senso comum e seu caráter ‘inercial, passivo e subalterno’, contribuindo para recuperar a capacidade crítica e analítica mediante a qual as classes subalternas poderão construir propostas alternativas ao projeto dominante. E, ocorrendo de forma orgânica, ‘restitui ao grupo social uma imagem coerente de si mesmo’”. SIMIONATTO, I. Classes subalternas, lutas de classe e hegemonia: uma abordagem gramsciana. Revista. Katálysis, Florianópolis, v. 12, n. 1, p. 41-49, 2009. Disponível em: . Acesso em: 25/06/2019. O excerto acima discorre sobre a filosofia da práxis e seu papel junto às classes subalternas como teoria orientadora para que elas possam se contrapor à classe dominante. Fundamentado nisso e no livro-texto estudado, analise as afirmativas a seguir sobre a filosofia da práxis: I. A filosofia da práxis é uma teoria que deve servir a prática transformadora a ser efetivada pelos trabalhadores. II. A filosofia da práxis auxilia as classes subalternas a construir uma alternativa para superar a sociedade do capital. III. A criticidade e a análise são elementos constitutivos do senso comum. IV. Sob a filosofia da práxis, as classes subalternas não encontram respaldo para a sua luta contra o domínio burguês. Está correto apenas o que se afirma em: a. I e II. b. I, II e IV. c. II e III. d. III e IV. e. I e III.
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