O Movimento Zapatista é formado por camponeses e indígenas mexicanos que defendem uma gestão mais democrática do território.
Emiliano Zapata é um dos personagens mais importantes da história do México, foi ele um dos líderes da Revolução Mexicana de 1910 que combateu o regime autocrático de governo do então presidente Porfírio Díaz. Sua marcante participação no processo revolucionário mexicano gerou uma série de seguidores e um exército de ideólogos que existe até hoje.
O Movimento Zapatista se tornou mais conhecido para o público em geral no final do século XX. Em 1994, os seguidores de um movimento nacionalista e democrático inspirado nas ações de Emiliano Zapata no começo do século se apresentaram ao mundo em manifestação contra as negociações para o estabelecimento de um acordo de comércio entre países na América do Norte. O NAFTA – acordo de livre comércio entre México, Estados Unidos e Canadá – foi elaborado no começo da década de 1990 e entrou em vigor no dia primeiro de janeiro de 1994. Neste mesmo dia, os integrantes do Exército Zapatista de Libertação Nacional, o EZLN, deram início a uma manifestação de contestação sobre a participação do México no acordo de comércio internacional.
O Movimento Zapatista que se revelou em 1994 foi originado na região mexicana de Chiapas, na qual habitam grupos indígenas e camponeses que vivem de forma simples tal como foi ensinado por seus ancestrais. A região de Chiapas é predominantemente dotada de atividades agrárias e, a partir da efetivação do NAFTA, passou a ser debatida no cenário internacional.
O Movimento Zapatista se apresentou então sob forma de guerrilha, seus integrantes se apresentaram portando capuzes pretos e armas além das montanhas de Chiapas e gritavam “Já Basta!”, como símbolo da manifestação que repudiava a participação do México no NAFTA.
A rigor, o Movimento Zapatista e o Exército Zapatista de Libertação Nacional são manifestações baseadas em um dos grandes personagens da Revolução Mexicana, mas não defendem ou pretendem fazer uso de violência. O interesse do Movimento Zapatista é defender uma gestão mais democrática do território, a participação direta da população nas decisões do país, promover a partilha da terra e da colheita, além de preservar o passado e a tradição indígena do povo mexicano. São declaradamente antiglobalização.
Em 1996 aconteceu um novo capítulo relacionado ao Movimento Zapatista. O Governo Federal prometeu proteger a população indígena no México, garantindo seus direitos em todo o território. Mas a promessa não foi cumprida, levando os zapatistas a se organizarem militarmente mais uma vez para defender seus interesses. Mesmo contrários a características violentas, foi necessário que se mantivessem preparados contra qualquer ofensiva do governo. A pressão dos zapatistas resultou na assinatura de um acordo, chamado Acordo de San Andrés, que comprometia o governo a alterar a Constituição e garantir direitos aos povos indígenas.
Mas a desconfiança militar se mostrou não ser à toa, no ano seguinte, em 1997, houve um massacre que matou 46 indígenas. O chamado Massacre de Acteal foi conduzido por ex-oficiais do exército e de segurança pública.
O Movimento Zapatista tem como intuito principal, atualmente, continuar com a cidadania mexicana e manter a cultura e a tradição indígena do passado. Em 2000, o presidente Vicente Fox prometeu acabar com os conflitos com os zapatistas, mas estes foram mais uma vez esquecidos pelo governo.
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GabrielaMilly
Obrigada, mas não gosto de respostas copiadas
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O Movimento Zapatista é formado por camponeses e indígenas mexicanos que defendem uma gestão mais democrática do território.
Emiliano Zapata é um dos personagens mais importantes da história do México, foi ele um dos líderes da Revolução Mexicana de 1910 que combateu o regime autocrático de governo do então presidente Porfírio Díaz. Sua marcante participação no processo revolucionário mexicano gerou uma série de seguidores e um exército de ideólogos que existe até hoje.
O Movimento Zapatista se tornou mais conhecido para o público em geral no final do século XX. Em 1994, os seguidores de um movimento nacionalista e democrático inspirado nas ações de Emiliano Zapata no começo do século se apresentaram ao mundo em manifestação contra as negociações para o estabelecimento de um acordo de comércio entre países na América do Norte. O NAFTA – acordo de livre comércio entre México, Estados Unidos e Canadá – foi elaborado no começo da década de 1990 e entrou em vigor no dia primeiro de janeiro de 1994. Neste mesmo dia, os integrantes do Exército Zapatista de Libertação Nacional, o EZLN, deram início a uma manifestação de contestação sobre a participação do México no acordo de comércio internacional.
O Movimento Zapatista que se revelou em 1994 foi originado na região mexicana de Chiapas, na qual habitam grupos indígenas e camponeses que vivem de forma simples tal como foi ensinado por seus ancestrais. A região de Chiapas é predominantemente dotada de atividades agrárias e, a partir da efetivação do NAFTA, passou a ser debatida no cenário internacional.
O Movimento Zapatista se apresentou então sob forma de guerrilha, seus integrantes se apresentaram portando capuzes pretos e armas além das montanhas de Chiapas e gritavam “Já Basta!”, como símbolo da manifestação que repudiava a participação do México no NAFTA.
A rigor, o Movimento Zapatista e o Exército Zapatista de Libertação Nacional são manifestações baseadas em um dos grandes personagens da Revolução Mexicana, mas não defendem ou pretendem fazer uso de violência. O interesse do Movimento Zapatista é defender uma gestão mais democrática do território, a participação direta da população nas decisões do país, promover a partilha da terra e da colheita, além de preservar o passado e a tradição indígena do povo mexicano. São declaradamente antiglobalização.
Em 1996 aconteceu um novo capítulo relacionado ao Movimento Zapatista. O Governo Federal prometeu proteger a população indígena no México, garantindo seus direitos em todo o território. Mas a promessa não foi cumprida, levando os zapatistas a se organizarem militarmente mais uma vez para defender seus interesses. Mesmo contrários a características violentas, foi necessário que se mantivessem preparados contra qualquer ofensiva do governo. A pressão dos zapatistas resultou na assinatura de um acordo, chamado Acordo de San Andrés, que comprometia o governo a alterar a Constituição e garantir direitos aos povos indígenas.
Mas a desconfiança militar se mostrou não ser à toa, no ano seguinte, em 1997, houve um massacre que matou 46 indígenas. O chamado Massacre de Acteal foi conduzido por ex-oficiais do exército e de segurança pública.
O Movimento Zapatista tem como intuito principal, atualmente, continuar com a cidadania mexicana e manter a cultura e a tradição indígena do passado. Em 2000, o presidente Vicente Fox prometeu acabar com os conflitos com os zapatistas, mas estes foram mais uma vez esquecidos pelo governo.