Nessa linha de pensamento, percebe-se o motivo da duplicidade constatada na obra de Camões: ele se submete à cosmovisão universalizante, racionalista e platônica de sua época, repetindo o discurso ideológico dominante e reprimindo a colocação de questões. Logo em seguida, entretanto, ele faz as perguntas proibidas e revela uma agressividade que está voltada para todo um sistema de ideias que é o da civilização em que vive.
Refletindo sobre o excerto e compreendendo a grandeza da obra de Camões para a literatura universal, analise as asserções abaixo e a relação proposta entre elas.
I. Camões representou a ruptura com as ideias humanísticas, racionais e universalizantes.
PORQUE
II. Sua obra voltou-se para a contemplação do divino e o uso de uma linguagem intrincada e rebuscada, valorizando a figuração em detrimento da objetividade.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
1) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
2)As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
Alternativa 3: A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
Alternativa 4: A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
Alternativa 5: As asserções I e II são proposições falsas
A alternativa 3 é a correta. A asserção I afirma que Camões representou a ruptura com as ideias humanísticas, racionais e universalizantes, mas o excerto apresentado indica que ele se submeteu a essas ideias e repetiu o discurso ideológico dominante. A asserção II afirma que sua obra voltou-se para a contemplação do divino e o uso de uma linguagem intrincada e rebuscada, valorizando a figuração em detrimento da objetividade, mas o excerto não apresenta essas características.
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Resposta:
A alternativa 3 é a correta. A asserção I afirma que Camões representou a ruptura com as ideias humanísticas, racionais e universalizantes, mas o excerto apresentado indica que ele se submeteu a essas ideias e repetiu o discurso ideológico dominante. A asserção II afirma que sua obra voltou-se para a contemplação do divino e o uso de uma linguagem intrincada e rebuscada, valorizando a figuração em detrimento da objetividade, mas o excerto não apresenta essas características.