No Brasil e em outros países vêm ganhando corpo a ideia de aplicação da justiça restaurativa pelo poder Judiciário, que consiste na busca de uma solução para o conflito que vai além da aplicação de uma sanção jurídica. Busca-se a composição do conflito de forma que as partes envolvidas tenham ciência da extensão dos danos causados e sejam capazes de compreender a verdadeira necessidade de reparação dos danos. Aqui no Brasil o foco está no agressor. O objetivo da justiça restaurativa está em fazer com que o agressor possa entender a justiça na aplicação da pena a ele imposta, além de, verdadeiramente, responsabilizar-se por sua conduta. Com base nesta informação, assinale a alternativa correta:


O Poder Judiciário se caracteriza por lidar com interesses opostos em questões dos mais vários tipos. Assim, o máximo que se pode almejar com a iniciativa da justiça restaurativa é uma acomodação entre as partes envolvidas.


Conflito é a luta entre dois indivíduos ou grupos, em que cada um dos contendores almeja uma solução que excluí a solução desejada pelo adversário. Dessa forma, não há que se falar em justiça restaurativa.


A interação entre os indivíduos em sociedade tem na solução de conflitos pelo poder Judiciário, uma cooperação, visto que mesmo sendo possível considerar que as partes estão em disputa para resolver uma controvérsia, todas concordaram que a decisão proferida é capaz atender os interesses em comum.


A justiça restaurativa, como aponta o texto, busca resolver uma situação de conflito sem ter que apelar necessariamente para as sanções como conhecemos. No entanto, ao apresentar uma solução só potencializa o conflito.


A forma de acomodação que pode decorrer de uma decisão judicial consiste na composição amigável do conflito, uma vez que a decisão tomada pelo juiz em beneficiar uma das partes somente reforça a competição existente entre elas para a obtenção de um resultado favorável em detrimento da outra parte.​
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A Filosofia deve compor, com as demais disciplinas do ensino médio, o papel proposto para essa fase da formação. Nesse sentido, além da tarefa geral de “pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (Artigo 2º da Lei nº 9.394/96), destaca-se a proposição de um tipo de formação que não é uma mera oferta de conhecimentos a serem assimilados pelo estudante, mas sim o aprendizado de uma relação com o conhecimento que lhe permita adaptar-se “com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores” (Artigo 36, Inciso II) – o que significa, mais que dominar um conteúdo, saber ter acesso aos diversos conhecimentos de forma significativa.(BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Orientações curriculares nacionais para o ensino médio: ciências humanas e suas tecnologias. v. 3. Brasília, DF: MEC, 2006, p.28) Sobre os papeis educativos a serem desenvolvidos no âmbito do ensino-aprendizagem de Filosofia, pode-se dizer que:I - A educação deve centrar-se mais na ideia de fornecer instrumentos e de apresentar perspectivas, enquanto caberá ao estudante a possibilidade de posicionar-se e de correlacionar o quanto aprende com uma utilidade para sua vida.II - A Filosofia cumpre, afinal, um papel formador, uma vez que articula noções de modo bem mais duradouro que outros saberes, mais suscetíveis de serem afetados pela volatilidade das informações.III - Cabe ao professor/filósofo desenvolver atividades capazes de trazer, para o campo pedagógica, elementos e experiências que possibilite o ajustamento social do sujeito e a compreensão do seu papel cívico na sociedade. É correto o que se afirma em:III, apenas.I, II e III.I e II, apenas.I, apenas.II e III, apenas.​
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