Podemos afirmar que “escrever é um dom inato”?
A.
Não, pois mesmo que escrever seja um dom, não pode ser considerado inato. Escrever é um dom que, quando descoberto, deve ser desenvolvido com muita prática.
B.
Não, pois ao dizermos que escrever é um dom, limitamos a habilidade da escrita para apenas um grupo específico de pessoas. Escrever é uma habilidade cognitiva que se desenvolve e se adquire. Dessa forma, como todas as pessoas têm as mesmas possibilidades para desenvolver suas habilidades cognitivas, todas têm as mesmas chances de desenvolver a escrita.
C.
Não, essa afirmação é parcialmente verdadeira. Embora a habilidade de escrever seja inata e todos os seres humanos nasçam com um dispositivo cerebral exclusivo para a língua e, dentro dele, para a escrita (segundo a noção de inatismo de Noam Chomsky), não podemos considerar que seja um dom. Dom é assumir uma perspectiva religiosa e/ou espiritual que conceberia que escrever é uma dádiva advinda de forças maiores. Portanto, podemos afirmar que escrever é uma habilidade inata, não um dom.
D.
Não, pois escrever é uma habilidade cognitiva que se desenvolve e se adquire. Embora algumas pessoas possam ter mais facilidade para a escrita, essa facilidade não pode ser vista como um dom. Ela é resultado da prática de escrita e de contato com a língua e com os textos. A habilidade de escolha de léxico, de organização textual e, talvez até de criatividade, podem ser vistas como um dom, mas elas são, na verdade, conjuntos de habilidades que se desenvolvem ao longo do tempo.
E.
Sim, apenas algumas pessoas têm a habilidade de escrever. Dessa forma, podemos classificar a escrita como um dom. Embora muitas pessoas tentem, poucas conseguem se tornar escritores fluentes e habilidosos. Aprender a escrever é natural para algumas pessoas.
Lista de comentários
Alternativa D. O que parece ser um dom é resultado de um processo de aprendizado e treinamento, portanto uma aptidão desenvolvida cognitivamente. A aparente facilidade para ampliar a capacidade cognitiva específica na área é o resultado de contato prévio com formas escritas e exercício anterior.
A importância didática de não falar em dom
Modernamente, aponta-se que a antiga crença em talentos, facilidades e dons é um entrave ao aprendizado. Pesquisas comportamentais norte-americanas apontaram que estudantes que acreditem que existem talentos inatos tendem a ter desempenho inferior ao de outros que acreditam que toda aptidão é resultado de treino e exercício.
A observação do exercício não é válida apenas para a escrita e expressão linguística, mas para outras atividades intelectuais. O mesmo pode ser dito da matemática, uma área na qual, igualmente, durante muito tempo se falou em talento inato. Entretanto, a pesquisa norte-americana foi realizada, especificamente, em um contexto de matemática.
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Resposta:
D.
Não, pois escrever é uma habilidade cognitiva que se desenvolve e se adquire. Embora algumas pessoas possam ter mais facilidade para a escrita, essa facilidade não pode ser vista como um dom. Ela é resultado da prática de escrita e de contato com a língua e com os textos. A habilidade de escolha de léxico, de organização textual e, talvez até de criatividade, podem ser vistas como um dom, mas elas são, na verdade, conjuntos de habilidades que se desenvolvem ao longo do tempo.
Explicação:
Escrever não é um dom inato. Escrever bem são desenvolvimentos cognitivos que englobam diferentes habilidades, desde criatividade, até o conhecimento e seleção lexical, à organização estrutural e textual, etc. Algumas pessoas parecem ter o dom de escrever porque tem habilidades distintas, como alta criatividade, capacidade de organizar e apresentar ideias de forma fluída, grande domínio de vocabulário e escolha de palavras apropriadas para cada composição, etc. Contudo, embora sejam habilidades, elas são altamente cognitivas, adquiridas e desenvolvidas. Ninguém nasce com um dom natural para a escrita. Essas habilidades evoluem por meio de diversos fatores, como prática, hábitos de leitura, capacidade de organização (não só textual, mas em geral), memória, capacidade de associação, entre outros.