Napoleão Bonaparte foi uma das principais figuras da história humana e atuou entre o fim do séc. XVIII e início do XIX. Sua trajetória mudou os rumos do mundo ocidental.
Napoleão nasceu em 1769, em Ajaccio, uma cidade da Córsega Francesa. Era filho de um casal de aristocratas italianos, súditos da monarquia absolutista francesa. Como a maior parte dos jovens aristocratas europeus do século XVIII, Napoleão, após completar os estudos básicos, optou pela carreira militar e inscreveu-se na Escola Militar de Paris, onde estudou estratégias de guerra e especializou-se em artilharia.
Quando estourou a Revolução Francesa, em 1789, Napoleão estava em Córsega, envolvido nos conflitos entre republicanos revolucionários e monarquistas até 1792, quando se posicionou explicitamente a favor da Convenção instalada pelos jacobinos (a ala mais radical dos revolucionários franceses), que ficou caracterizada pelo chamado “Terror Revolucionário”.
Em sua campanha militar na Itália, Napoleão, apesar de muito jovem, conseguiu tornar-se um dos mais destacados oficiais do exército francês. Entretanto, quando a fase do terror jacobino chegou ao fim em 1794, Napoleão, por estar associado a essa facção, foi preso. Sua prisão, no entanto, não demorou muito tempo, já que os responsáveis pelo fim da Convenção necessitavam do conhecimento militar de Napoleão para as campanhas militares a serem travadas no norte da África, em especial, no Egito.
Em 1799, começou uma nova fase da Revolução na França, o Consulado. Essa fase resultou de um golpe político arquitetado por membros da alta burguesia, alguns nobres e membros do exército que, junto a Napoleão, buscavam um governo forte e centralizador. O dia do golpe foi nomeado pelos estudiosos do tema como ‘O 18 brumário’ (Brumário era um dos meses do ano, após a alteração do calendário durante a Revolução Francesa, e correspondia ao período de 22 de setembro a 31 de dezembro).
Fim do império Napoleônico
O Império Napoleônico começou a enfrentar vários problemas a partir do ano de 1812. Napoleão, a essa altura, tinha duas grandes frentes de batalha no continente europeu: uma a Oeste, na Península Ibérica, contra os espanhóis, e outra a Leste, contra austríacos, prussianos e os principados alemães.
A Rússia, que até então estava seguindo as sanções do Bloqueio Continental, rompeu com a França e entrou na guerra contra Napoleão. A guerra das tropas napoleônicas contra a Rússia foi uma das mais fatídicas para o Império Francês. O inverno rigoroso aplacou os soldados de Napoleão.
A partir de então, Napoleão começou a perder sua força como imperador. Rússia, Prússia e Áustria conseguiram invadir a França em 1815. Napoleão rendeu-se e foi exilado na ilha de Elba. Entretanto, pouco tempo depois, conseguiu articular a sua fuga, reunir novamente seu exército e tomar de volta o poder por um período de cem dias.
Esse curto período teve seu fim com a famosa Batalha de Waterloo, na qual seu exército foi derrotado pela aliança entre ingleses, austríacos, russos e prussianos. Após essa derrota, Napoleão foi novamente exilado, mas dessa vez na ilha de Santa Helena, no Atlântico Sul, bem longe do continente europeu, permanecendo lá sob custódia inglesa até o ano de 1821, quando faleceu.
Vale ressaltar que muitos romances do século XIX tiveram como pano de fundo a figura de Napoleão. Alguns exemplos são os de Stendhal (O Vermelho e o Negro e A Cartuxa de Parma), Dostoiévski (Crime e Castigo) e Tolstói (Guerra e Paz).
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Napoleão Bonaparte foi uma das principais figuras da história humana e atuou entre o fim do séc. XVIII e início do XIX. Sua trajetória mudou os rumos do mundo ocidental.
Napoleão nasceu em 1769, em Ajaccio, uma cidade da Córsega Francesa. Era filho de um casal de aristocratas italianos, súditos da monarquia absolutista francesa. Como a maior parte dos jovens aristocratas europeus do século XVIII, Napoleão, após completar os estudos básicos, optou pela carreira militar e inscreveu-se na Escola Militar de Paris, onde estudou estratégias de guerra e especializou-se em artilharia.
Quando estourou a Revolução Francesa, em 1789, Napoleão estava em Córsega, envolvido nos conflitos entre republicanos revolucionários e monarquistas até 1792, quando se posicionou explicitamente a favor da Convenção instalada pelos jacobinos (a ala mais radical dos revolucionários franceses), que ficou caracterizada pelo chamado “Terror Revolucionário”.
Em sua campanha militar na Itália, Napoleão, apesar de muito jovem, conseguiu tornar-se um dos mais destacados oficiais do exército francês. Entretanto, quando a fase do terror jacobino chegou ao fim em 1794, Napoleão, por estar associado a essa facção, foi preso. Sua prisão, no entanto, não demorou muito tempo, já que os responsáveis pelo fim da Convenção necessitavam do conhecimento militar de Napoleão para as campanhas militares a serem travadas no norte da África, em especial, no Egito.
Em 1799, começou uma nova fase da Revolução na França, o Consulado. Essa fase resultou de um golpe político arquitetado por membros da alta burguesia, alguns nobres e membros do exército que, junto a Napoleão, buscavam um governo forte e centralizador. O dia do golpe foi nomeado pelos estudiosos do tema como ‘O 18 brumário’ (Brumário era um dos meses do ano, após a alteração do calendário durante a Revolução Francesa, e correspondia ao período de 22 de setembro a 31 de dezembro).
Fim do império Napoleônico
O Império Napoleônico começou a enfrentar vários problemas a partir do ano de 1812. Napoleão, a essa altura, tinha duas grandes frentes de batalha no continente europeu: uma a Oeste, na Península Ibérica, contra os espanhóis, e outra a Leste, contra austríacos, prussianos e os principados alemães.
A Rússia, que até então estava seguindo as sanções do Bloqueio Continental, rompeu com a França e entrou na guerra contra Napoleão. A guerra das tropas napoleônicas contra a Rússia foi uma das mais fatídicas para o Império Francês. O inverno rigoroso aplacou os soldados de Napoleão.
A partir de então, Napoleão começou a perder sua força como imperador. Rússia, Prússia e Áustria conseguiram invadir a França em 1815. Napoleão rendeu-se e foi exilado na ilha de Elba. Entretanto, pouco tempo depois, conseguiu articular a sua fuga, reunir novamente seu exército e tomar de volta o poder por um período de cem dias.
Esse curto período teve seu fim com a famosa Batalha de Waterloo, na qual seu exército foi derrotado pela aliança entre ingleses, austríacos, russos e prussianos. Após essa derrota, Napoleão foi novamente exilado, mas dessa vez na ilha de Santa Helena, no Atlântico Sul, bem longe do continente europeu, permanecendo lá sob custódia inglesa até o ano de 1821, quando faleceu.
Vale ressaltar que muitos romances do século XIX tiveram como pano de fundo a figura de Napoleão. Alguns exemplos são os de Stendhal (O Vermelho e o Negro e A Cartuxa de Parma), Dostoiévski (Crime e Castigo) e Tolstói (Guerra e Paz).