Talvez ainda cheguemos a encontrar alguns daqueles sáurios que a ciência soube reconstituir com um pouco de ossos e cartilagens? Tomo a luneta e perscruto o mar. Deserto. Talvez ainda estejamos próximos demais das costas. Olho para cima. Por que alguns daqueles pássaros reconstruídos pelo imortal Cuvier não estariam batendo asas nas pesadas camadas atmosféricas? Os peixes constituiriam uma alimentação mais que suficiente para eles. Observo o espaço, mas os ares estão tão vazios quanto as margens. Minha imaginação, contudo, transporta-me para as maravilhosas hipóteses da paleontologia. Sonho acordado. Acredito ver na superfície das águas enormes quersitas, tartarugas antediluvianas parecidas com ilhotas flutuantes. Nas praias sombrias passam os grandes mamíferos dos primeiros dias, o Leptotherium, encontrado nas cavernas do Brasil, o Mericotherium, procedente das regiões glaciais da Sibéria. Mais além, o paquiderme Lofiodon, tapir gigantesco, escondese atrás das rochas, pronto para disputar sua presa como o Anoplotherium, animal estranho que tem algo do rinoceronte, do cavalo, do hipopótamo e do camelo.O elemento coesivo “contudo” apresenta a ideia denegação, pois evidencia que uma saída para o tédio é improvável.oposição, já que altera o panorama anterior utilizando a imaginação.alternância, pois os pensamentos da personagem a deixam confusa.adição, já que acrescenta mais dúvidas sobre possíveis descobertas.​
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