Por que, quando temos acesso a um texto antigo, temos uma sensação de “estranheza”?
4) Observe o texto abaixo:
Sempre vos eu doutra rem mais amei Afonso Sanches Sempre vos eu d' outra rrem mays amei, por quanto ben Deus en vós pôs, senhor, des y ar ey gram mal e desamor de vós, e por em, mha senhor, non ssey se me praza por que vos quero bem, sse mh ar pês em, por quanto mal me vem. Por quanto bem, por vos eu non mentir, Deus en vós pôs, vos am' eu mais que al, des i ar ey mui grand' affam e mal de vós, e por em non sey bem partir se me praza por que vos quero bem, sse mh ar pês em, por quanto mal me vem. Por quanto ben Deus en vós ffoy põer vos am' eu mais de quantas cousas ssom oje no mund' e non ey se mal non de vós, e por em non ssey escolher se me praza por que vos quero bem, sse mh ar pês em, por quanto mal me vem. Pero, senhor, pois m' escolher conven, escolh' eu d' anbas que mi praza em.
Este é um texto em língua portuguesa? Existem diferenças considerando o português atual? Quais?
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dihrk
Temos uma sensação de estranheza porque a linguagem foi sendo modificada com o tempo. As palavras se transformaram, foram se adequando a cultura e a sociedade do momento, e por isso muitos vocábulos que existiam antigamente não existem mais, ou vice-versa.
O texto, escrito pelo trovador (poeta lírico) Afonso Sanches, é de origem portuguesa (Portugal), e muito antigo, por isso há notáveis diferenças com o português atual, tendo em vista que a linguagem foi muito alterada ao longo dos anos.
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O texto, escrito pelo trovador (poeta lírico) Afonso Sanches, é de origem portuguesa (Portugal), e muito antigo, por isso há notáveis diferenças com o português atual, tendo em vista que a linguagem foi muito alterada ao longo dos anos.