Os meios de comunicação (mídia) criam na sociedade sabedorias convencionais equivocadas, assimiladas por esta inconscientemente, a partir da combinação entre manipulação (informativa e psicológica) e ideologia
Introdução
No decorrer do tempo, conceitos éticos, culturais e sociais vêm sendo modificados e, alguns, criados no intuito de se adaptarem a realidade do mundo contemporâneo. Nos tempos atuais há grandes controladores destes conceitos, entre eles estão: os Três Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), a religião e, o mais forte deles, a mídia. Esta fonte de poder utiliza-se, por sua vez, da manipulação e da ideologia, fazendo com que as pessoas assimilem algumas sabedorias convencionais (popularmente conhecidas como ‘senso comum’) errôneas retirando, assim, o enfoque que seria necessário dar a assuntos de maior importância e bastante questionados pela população, como por exemplo, de problemas sociais de alto risco.
A intervenção da mídia na política tem suscitado importantes questionamentos no nosso país. A liberdade de imprensa é uma conquista legítima e imprescindível a todo regime democrático de direito, cuja importância é inquestionável, entretanto, há que se observar a necessidade de impor limites. Isto porque o poder desta liberdade é muito grande, e, se for excedido, pode cercear a democracia e o respeito à população, dentre outros direitos. Desta forma, é necessário adotar critérios responsáveis na difusão de informações para que não se extrapole os limites constitucionais.
Atualmente, o modelo que melhor representa a organização política de uma sociedade é a democracia. É no âmbito dos ideais democráticos que se possibilita o exercício político da liberdade. Tanto a liberdade quanto a democracia são criações do homem durante o processo evolutivo, que representam pilares fundamentais de qualquer sociedade igualitária e justa.
A liberdade se manifesta de forma autônoma no indivíduo, com determinação, e não como uma faculdade resultada de mera opção de escolha externa a ele. A liberdade vai muito além daquilo que está positivado no nosso direito, pois ali somente estão os limites dessa liberdade, posto que a liberdade não pode ser simplesmente tipificada.
Uma sociedade verdadeiramente politizada e democrática deve saber criticar, dialogar com as informações ao invés de simplesmente aceitar, como em uma catequese. Além disso, o próprio Estado deve intervir nos casos em que a mídia, utilizando-se do seu direito constitucional de liberdade de expressão, extrapola suas finalidades e cerceia o exercício democrático e cidadão dos indivíduos, como se passará a analisar no tópico seguinte.
Todas as sociedades que atravessaram tempos de ditaduras, marcadas pelo autoritarismo, tempos em que a imprensa sofre com intervenção e constrangimentos constantes, compreendem e defendem a liberdade de expressão na teoria e na prática como base para a existência de um Estado Democrático de Direito.
A opinião pública é um resultado coletivo, não necessariamente unânime ou da maioria, mas uma tendência central fixada pela competição das várias opiniões em jogo, que se dá a partir da discussão de idéias, que por suas vez, se pautam através de reflexões e de ponderações dos indivíduos a partir de seus discursos.
O marketing político, as pesquisas de opinião e a mídia de um modo geral têm determinado os rumos da política na atualidade, enquanto a ideologia dos partidos políticos parece cada vez mais se retrair. Como resultado, temos a super exposição de agremiações partidárias em palanques despolitizados, como se pode verificar fartamente a cada nova eleição ou a cada nova política de coalizão em que velhos e ferrenhos rivais de trincheiras ideológicas sobem de mãos dadas em nome da “governabilidade”.
Nesses espaços em que as mídias têm configurado para a discussão pública acerca da política, na condição de mediadora entre os interesses da sociedade e do Estado, parece esvaziar o conteúdo político e a identidade dos partidos políticos.
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Os meios de comunicação (mídia) criam na sociedade sabedorias convencionais equivocadas, assimiladas por esta inconscientemente, a partir da combinação entre manipulação (informativa e psicológica) e ideologia
Introdução
No decorrer do tempo, conceitos éticos, culturais e sociais vêm sendo modificados e, alguns, criados no intuito de se adaptarem a realidade do mundo contemporâneo. Nos tempos atuais há grandes controladores destes conceitos, entre eles estão: os Três Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), a religião e, o mais forte deles, a mídia. Esta fonte de poder utiliza-se, por sua vez, da manipulação e da ideologia, fazendo com que as pessoas assimilem algumas sabedorias convencionais (popularmente conhecidas como ‘senso comum’) errôneas retirando, assim, o enfoque que seria necessário dar a assuntos de maior importância e bastante questionados pela população, como por exemplo, de problemas sociais de alto risco.
A intervenção da mídia na política tem suscitado importantes questionamentos no nosso país. A liberdade de imprensa é uma conquista legítima e imprescindível a todo regime democrático de direito, cuja importância é inquestionável, entretanto, há que se observar a necessidade de impor limites. Isto porque o poder desta liberdade é muito grande, e, se for excedido, pode cercear a democracia e o respeito à população, dentre outros direitos. Desta forma, é necessário adotar critérios responsáveis na difusão de informações para que não se extrapole os limites constitucionais.
Atualmente, o modelo que melhor representa a organização política de uma sociedade é a democracia. É no âmbito dos ideais democráticos que se possibilita o exercício político da liberdade. Tanto a liberdade quanto a democracia são criações do homem durante o processo evolutivo, que representam pilares fundamentais de qualquer sociedade igualitária e justa.
A liberdade se manifesta de forma autônoma no indivíduo, com determinação, e não como uma faculdade resultada de mera opção de escolha externa a ele. A liberdade vai muito além daquilo que está positivado no nosso direito, pois ali somente estão os limites dessa liberdade, posto que a liberdade não pode ser simplesmente tipificada.
Uma sociedade verdadeiramente politizada e democrática deve saber criticar, dialogar com as informações ao invés de simplesmente aceitar, como em uma catequese. Além disso, o próprio Estado deve intervir nos casos em que a mídia, utilizando-se do seu direito constitucional de liberdade de expressão, extrapola suas finalidades e cerceia o exercício democrático e cidadão dos indivíduos, como se passará a analisar no tópico seguinte.
Todas as sociedades que atravessaram tempos de ditaduras, marcadas pelo autoritarismo, tempos em que a imprensa sofre com intervenção e constrangimentos constantes, compreendem e defendem a liberdade de expressão na teoria e na prática como base para a existência de um Estado Democrático de Direito.
A opinião pública é um resultado coletivo, não necessariamente unânime ou da maioria, mas uma tendência central fixada pela competição das várias opiniões em jogo, que se dá a partir da discussão de idéias, que por suas vez, se pautam através de reflexões e de ponderações dos indivíduos a partir de seus discursos.
O marketing político, as pesquisas de opinião e a mídia de um modo geral têm determinado os rumos da política na atualidade, enquanto a ideologia dos partidos políticos parece cada vez mais se retrair. Como resultado, temos a super exposição de agremiações partidárias em palanques despolitizados, como se pode verificar fartamente a cada nova eleição ou a cada nova política de coalizão em que velhos e ferrenhos rivais de trincheiras ideológicas sobem de mãos dadas em nome da “governabilidade”.
Nesses espaços em que as mídias têm configurado para a discussão pública acerca da política, na condição de mediadora entre os interesses da sociedade e do Estado, parece esvaziar o conteúdo político e a identidade dos partidos políticos.
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Espero ter ajudado !!!