Em seu texto As limitações do método comparativo da antropologia (2006), Boas aponta sua crítica não tanto para a teoria evolucionista, mas ao seu método. Para ele, não se poderia apreender a realidade das culturas estudadas se o antropólogo as tratasse como inscritas fora da história, isto é, se o antropólogo não enxergasse nelas as diferentes temporalidades existentes entre os homens, se eles não percebessem que não há apenas diferentes formas de ¿evoluir¿, mas também que essa evolução, se é possível chamar assim, atende a critérios muito restritos e delimitados pela cultura, e não a critérios estabelecidos anteriormente a elas, em outro lugar, como a Europa. Essa abordagem proposta por Boas, que originou uma nova perspectiva das ciências sociais em relação ao estudo das culturas, é denominada: a. Etnocentrismo, que entendia as culturas primitivas como evolutivamente inferiores às culturas civilizadas. b. Difusionismo, que entendia os desenvolvimentos evolutivos das culturas como resultado dos deslocamentos dos povos pelo globo. c. Determinismo, que postulava que as culturas eram determinadas por fatores externos, como as características geográficas e biológicas. d. Relativismo, que entendia que as culturas deveriam ser entendidas a partir de seus próprios contextos e particularidades. e. Materialismo, que compreendia as culturas a partir de um estudo histórico e arqueológico da cultura material.
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No livro Sex and Temperament in Three Primitives Societies [Sexo e Temperamento em Três Sociedades Primitivas], de 1935, Margaret Mead descreve os comportamentos típicos de cada sexo em três culturas diferentes da Nova Guiné da seguinte maneira: ¿Numa delas (os Arapesh), homens e mulheres agiam como esperamos que mulheres ajam: de um suave modo parental e sensível; na segunda (os Mundugumor), ambos agiam como esperamos que os homens ajam: com bravia iniciativa; e na terceira (os Tchambuli), os homens agem segundo o nosso estereótipo para as mulheres, são fingidos, usam cachos e vão às compras, enquanto as mulheres são enérgicas, administradoras e parceiras desadornadas¿ (MEAD, M. Sexo e Temperamento, prefácio à edição de 1950). Sobre as conclusões dos estudos de Mead, considere as alternativas: I. O pesquisador deve se afastar dos pressupostos de sua própria cultura sobre o papel do homem e da mulher na sua sociedade para entender a sociedade do outro. II. Não são as condições climáticas, geomorfológicas ou hidrográficas de uma região que estruturam e determinam as práticas culturais de uma determinada sociedade. III. O condicionamento cultural é de fundamental importância na definição de temperamentos e de papéis sociais de homens e mulheres nas diferentes sociedades. IV. A distribuição anatômica dos sexos (homem e mulher) é o fator determinante dos temperamentos masculinos e femininos nas diferentes sociedades. Estão incorretas: a. IV, apenas. b. I e IV. c. II e III. d. I, apenas. e. III, apenas.
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