Leia o texto a seguir: Pontos importantes sobre o ensino-aprendizagem relativos às operações multiplicação e divisão nos anos/séries iniciais do Ensino Fundamental são ressaltados por Souza (2008). Segundo a autora há uma prática comum nas salas de aula que apresenta a multiplicação somente do ponto de vista de “adição de parcelas iguais”, no entanto, ainda que esta ideia esteja correta e seja um dos aspectos básicos para compreensão desta operação, ela não pode ser difundida como única. Sabemos que a construção dos conceitos matemáticos acontece gradativamente num processo muitas vezes lento, por essa razão o professor deve respeitar esse pensamento inicial dos alunos e permitir-lhes que discutam com os outros as possíveis formas de representação dos problemas propostos. Depois disso, o professor poderá apresentar a nova forma, não como uma imposição, mas como uma possibilidade de representação que facilita a resolução e o registro. Demonstrar aos alunos, por exemplo, que 2+2+2+2 (dois, mais dois, mais dois, mais dois), também pode ser representado como 4x2 (quatro vezes a quantidade dois). No caso do algoritmo, acreditamos que os alunos devem ter oportunidade de expor suas ideias de representação e criar quem sabe suas próprias formas de resolução. Segundo Souza (2008), muitas vezes o professor invalida certos modelos de resolução de seus alunos sem compreender as ideias e os processos que o fizeram chegar ao resultado e que nem sempre são incorretos. Fazem isto, pois, frequentemente, eles mesmos não são capazes de entender o processo algorítmico. Por exemplo, se um aluno efetua a multiplicação 353 x 25 decompondo-a de forma 300 e 50 e 3 x 20 e 5 a professora por estar preocupada com o tempo de duração da correção da prova pode não levar em consideração o processo de resolução e sim o resultado. Entretanto, o pensamento demonstrado por esse aluno na resolução da multiplicação em questão é extremamente rico e poderia ser ponto de partida para o ensino do algoritmo tradicional o que inibiria erros comuns em multiplicações que envolvem reserva e levariam ainda à compreensão de certas regularidades do algoritmo da multiplicação, como é o caso da ‘casa’ vazia nas multiplicações em que as duas quantidades são maiores que 10. A competência técnica do professor é um dos fatores determinantes da eficiência do ensino, e está por sua vez, condicionado aos domínios dos conteúdos que ele pretende ensinar. Enquanto professor de matemática se tem um compromisso com a matemática, com um corpo organizado de conhecimentos que nos ajudam a desvelar o mundo. Esse domínio de conteúdos deve ser entendido não apenas como domínio do conhecimento, como também das atividades para lidar com esses conteúdos. SOUZA, Kátia do Nascimento Venerando. Operações de multiplicação e divisão nas séries iniciais do ensino fundamental. Marília, 2008. De acordo com o texto anterior, analise as afirmações: A) O professor pode invalidar certos modelos de resolução de seus alunos sem compreender as ideias e os processos que os fizeram chegar ao resultado e que nem sempre são incorretos. B) O professor deve se ater somente aos algoritmos da divisão e da multiplicação não se preocupando com outras maneiras de apresentar as multiplicações e as divisões. C) A competência técnica do professor é um dos fatores determinantes para o sucesso do processo de ensino e aprendizagem. Além de conhecer a técnicas de resolução dos conteúdos que pretende ensinar, o professor deve também conhecer atividades para lidar com esses conteúdos. Assinale a alternativa correta: a) Somente a afirmação B) está correta. b) Somente as afirmações A) e C) estão corretas. c) Somente as afirmações A) e B) estão corretas. d) Todas as afirmações estão corretas.
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