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pobrezinhoywy
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pobrezinhoywy
June 2023 | 1 Respostas
TEMA: FILME O GRANDE DESAFIO Pergunta: Identifiquem nas falas dos debatedores os seguintes tipos de argumentos: de autoridade, de universalidade e de experiência pessoal. TEXTO Tema: A desobediência civil é uma arma moral na luta pela justiça UNIVERSIDADE DE WILEY FARMER: Proposição: A desobediência civil é uma arma moral na luta por justiça. Mas como pode a desobediência ser moral? Creio que isso depende da definição das palavras. Da palavra. Em 1919, na Índia, 10 mil pessoas se reuniram em Amritsar, em oposição à tirania da coroa britânica. O general Reginald Dyer os encurralou num pátio e ordenou que suas tropas disparassem na multidão por 10 minutos. 379 morreram: homens, mulheres, crianças abatidas a sangue frio. Dyer disse que ensinou a eles uma lição moral. Ghandi e seus seguidores responderam não com violência, mas com uma campanha organizada de não cooperação. Os prédios do governo foram ocupados, as ruas eram bloqueadas por pessoas que não se levantavam, mesmo espancadas pela polícia. Ghandi foi preso. Mas os britânicos foram obrigados a libertá-lo. Ele chamou isso de “Uma vitória moral”. A definição de moral é a lição de Dyer ou a vitória de Ghandi? Você decide. UNIVERSIDADE DE HARVARD OPONENTE: De 1914 até 1918 durante cada minuto o mundo esteve em guerra. Quatro homens perderam as suas vidas. Apenas pense nisso. 240 corajosos jovens eram lançados para a eternidade a cada hora, de todos os dias e de todas as noites por longos 4 anos. 35 mil horas, 8.281.000 baixas. 240... 240... 240 jovens. Isso foi um massacre infinitamente maior do que o que aconteceu em Amritsar. Poderia haver alguma moral nisso? Nada. Exceto ter impedido que a Alemanha escravizasse toda a Europa. A desobediência civil não é moral porque não é violenta. Lutar por seu país com violência pode ser profundamente moral, exigindo de nós o maior sacrifício de todos: a própria vida. A não violência é a máscara que a desobediência civil usa para esconder seu verdadeiro rosto: a Anarquia. UNIVERSIDADE DE WILEY SAMANTHA: Ghandi acredita que se deve sempre agir com carinho e respeito por seus oponentes, ainda que eles sejam debatedores de Harvard. Ghandi também acredita que os transgressores da lei devem aceitar as consequências legais de seus atos. Isso lhes parece Anarquia? A desobediência civil não é algo que devamos temer. É enfim um conceito americano. Vejam que Ghandi extrai sua inspiração não de uma escritura hindu, mas de Henry David Drought, quem eu acredito ter sido formado em Harvard e que morava próximo a um lago não muito longe daqui. UNIVERSIDADE DE HARVARD OPONENTE: Meu opositor está certo a respeito de uma coisa: que Drought se formou em Harvard e, como muitos de nós, um tanto intransigente. Certa vez ele disse: “Qualquer homem mais certo de seus semelhantes constitui uma maioria de um”. Drought idealista jamais previu que Adolf Hitler concordaria com suas palavras. Esta é a beleza e o peso da democracia e não há ideia que prevaleça sem o apoio da maioria. O povo decide sobre as questões morais do dia e não a maioria de um. UNIVERSIDADE DE WILEY SAMANTHA: As maiorias não decidem o que é certo ou errado, sua consciência sim. Então, por que deveria um cidadão render sua consciência a um legislador? Não, nós não devemos jamais nos ajoelhar perante a tirania de uma maioria. UNIVERSIDADE DE HARVARD OPONENTE: Não podemos escolher quais leis obedecer e quais ignorar. Se pudéssemos, não pararíamos num sinal vermelho. Meu pai é um desses homens que se situam entre nós e o caos. Ele é um policial. Eu me lembro do dia em que seu melhor colega, seu melhor amigo, foi morto no cumprimento do dever. E na mais vívida lembrança, me lembro da expressão do rosto do meu pai. E nada que corrói o cumprimento da lei pode ser moral. Não importando o nome que lhe dermos. UNIVERSIDADE DE WILEY FARMER: No Texas... Lincham-se negros. Meus colegas e eu vimos um homem pendurado numa árvore. Ele foi incendiado. Fugimos do bando de linchadores. Pressionamos nossas faces contra o piso do carro. Olhei para os meus colegas e vi o medo em seus olhos. E pior, a vergonha. Qual foi o crime desse negro, pra que ele fosse pendurado sem julgamento numa floresta escura e enevoada? Seria um ladrão? Um assassino? Ou apenas um negro? Seria ele um meeiro? Um religioso? Seus filhos estariam esperando por ele? E quem somos nós pra saber disso e nada fazer? Não importa o que ele fez, os linchadores eram criminosos. Mas a lei nada fez. Deixou apenas a pergunta: por quê? Meu opositor diz: “Nada que corrói o cumprimento da lei pode ser moral”. Mas não há cumprimento da lei nos estados do Sul, não enquanto aos negros for negada a moradia, inclusão em escolas, hospitais, e enquanto forem linchados. Santo Agostinho disse: “Uma lei injusta não é lei alguma”. E, portanto, eu tenho o direito, mesmo o dever de resistir: com violência ou desobediência civil... Rezem pra que eu escolha a última.
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pobrezinhoywy
June 2023 | 1 Respostas
TEMA: FILME O GRANDE DESAFIO Pergunta: Identifiquem nas falas dos debatedores os seguintes tipos de argumentos: de autoridade, de universalidade e de experiência pessoal. TEXTO Tema: A desobediência civil é uma arma moral na luta pela justiça UNIVERSIDADE DE WILEY FARMER: Proposição: A desobediência civil é uma arma moral na luta por justiça. Mas como pode a desobediência ser moral? Creio que isso depende da definição das palavras. Da palavra. Em 1919, na Índia, 10 mil pessoas se reuniram em Amritsar, em oposição à tirania da coroa britânica. O general Reginald Dyer os encurralou num pátio e ordenou que suas tropas disparassem na multidão por 10 minutos. 379 morreram: homens, mulheres, crianças abatidas a sangue frio. Dyer disse que ensinou a eles uma lição moral. Ghandi e seus seguidores responderam não com violência, mas com uma campanha organizada de não cooperação. Os prédios do governo foram ocupados, as ruas eram bloqueadas por pessoas que não se levantavam, mesmo espancadas pela polícia. Ghandi foi preso. Mas os britânicos foram obrigados a libertá-lo. Ele chamou isso de “Uma vitória moral”. A definição de moral é a lição de Dyer ou a vitória de Ghandi? Você decide. UNIVERSIDADE DE HARVARD OPONENTE: De 1914 até 1918 durante cada minuto o mundo esteve em guerra. Quatro homens perderam as suas vidas. Apenas pense nisso. 240 corajosos jovens eram lançados para a eternidade a cada hora, de todos os dias e de todas as noites por longos 4 anos. 35 mil horas, 8.281.000 baixas. 240... 240... 240 jovens. Isso foi um massacre infinitamente maior do que o que aconteceu em Amritsar. Poderia haver alguma moral nisso? Nada. Exceto ter impedido que a Alemanha escravizasse toda a Europa. A desobediência civil não é moral porque não é violenta. Lutar por seu país com violência pode ser profundamente moral, exigindo de nós o maior sacrifício de todos: a própria vida. A não violência é a máscara que a desobediência civil usa para esconder seu verdadeiro rosto: a Anarquia. UNIVERSIDADE DE WILEY SAMANTHA: Ghandi acredita que se deve sempre agir com carinho e respeito por seus oponentes, ainda que eles sejam debatedores de Harvard. Ghandi também acredita que os transgressores da lei devem aceitar as consequências legais de seus atos. Isso lhes parece Anarquia? A desobediência civil não é algo que devamos temer. É enfim um conceito americano. Vejam que Ghandi extrai sua inspiração não de uma escritura hindu, mas de Henry David Drought, quem eu acredito ter sido formado em Harvard e que morava próximo a um lago não muito longe daqui. UNIVERSIDADE DE HARVARD OPONENTE: Meu opositor está certo a respeito de uma coisa: que Drought se formou em Harvard e, como muitos de nós, um tanto intransigente. Certa vez ele disse: “Qualquer homem mais certo de seus semelhantes constitui uma maioria de um”. Drought idealista jamais previu que Adolf Hitler concordaria com suas palavras. Esta é a beleza e o peso da democracia e não há ideia que prevaleça sem o apoio da maioria. O povo decide sobre as questões morais do dia e não a maioria de um. UNIVERSIDADE DE WILEY SAMANTHA: As maiorias não decidem o que é certo ou errado, sua consciência sim. Então, por que deveria um cidadão render sua consciência a um legislador? Não, nós não devemos jamais nos ajoelhar perante a tirania de uma maioria. UNIVERSIDADE DE HARVARD OPONENTE: Não podemos escolher quais leis obedecer e quais ignorar. Se pudéssemos, não pararíamos num sinal vermelho. Meu pai é um desses homens que se situam entre nós e o caos. Ele é um policial. Eu me lembro do dia em que seu melhor colega, seu melhor amigo, foi morto no cumprimento do dever. E na mais vívida lembrança, me lembro da expressão do rosto do meu pai. E nada que corrói o cumprimento da lei pode ser moral. Não importando o nome que lhe dermos. UNIVERSIDADE DE WILEY FARMER: No Texas... Lincham-se negros. Meus colegas e eu vimos um homem pendurado numa árvore. Ele foi incendiado. Fugimos do bando de linchadores. Pressionamos nossas faces contra o piso do carro. Olhei para os meus colegas e vi o medo em seus olhos. E pior, a vergonha. Qual foi o crime desse negro, pra que ele fosse pendurado sem julgamento numa floresta escura e enevoada? Seria um ladrão? Um assassino? Ou apenas um negro? Seria ele um meeiro? Um religioso? Seus filhos estariam esperando por ele? E quem somos nós pra saber disso e nada fazer? Não importa o que ele fez, os linchadores eram criminosos. Mas a lei nada fez. Deixou apenas a pergunta: por quê? Meu opositor diz: “Nada que corrói o cumprimento da lei pode ser moral”. Mas não há cumprimento da lei nos estados do Sul, não enquanto aos negros for negada a moradia, inclusão em escolas, hospitais, e enquanto forem linchados. Santo Agostinho disse: “Uma lei injusta não é lei alguma”. E, portanto, eu tenho o direito, mesmo o dever de resistir: com violência ou desobediência civil... Rezem pra que eu escolha a última.
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