Desde a década de 80 no Brasil, o Hip-Hop, em especial o rap, vem tocando na tecla sobre violência policial e ausência de saneamento básico e segue sendo uma ferramenta importantíssima na organização da população que vive nas mais precarizadas situações de Norte ao Sul do país. Artistas e grupos como Racionais MC’s, Facção Central, MV Bill, Dina Di entre outros deram voz epolitizaram a juventude que se encontrava onde durante muito tempo, e ainda atualmente, os movimentos sociais não conseguiam chegar.
A responsa hoje não mudou, nas periferias a juventude continua morrendo por violência policial, vivencia as guerras entre facções e seguem vivendo nos barracos de madeira porém apesar disso o rap conseguiu se ampliar. Hoje é comum ver assuntos como auto estima, romance e machismo sendo retratados nas letras.
Mas o quê mudou? O que explica de fato o rap ter salvo tantas vidas?
Não é de se espantar que existem jovens que muitas das vezes não escutam os próprios pais mas levam aquilo que seu rapper favorito fala a risca, e isso se dá pela linguagem que esse estilo musical apresenta e assim se identifica com a favela.
No princípio as letras que eram puro protesto chocavam a classe média pois relatam a realidade do cotidiano periférico, não à toa o grupo Facção Central e o rapper MV Bill tiveram voz de prisão por suas respectivas faixas “Isso aqui é uma Guerra” e “Soldado do Morro”, que segundo a justiça continha apologia ao crime.
Com o passar dos anos foram surgindo novos nomes como Emicida, Flora Matos, Projota, Rashid influenciados pelas gerações anteriores que levaram adiante os temas e incorporaram outros assuntos para além do crime e violência, a partir daqui o rap se tornou fonte de empoderamento da mulher, do negro, representatividade entre outros…
Verdade também é que os tempos mudaram, o rap acompanhou isso, agora é possível se dizer que todos consomem esse estilo musical, seja lá qual vertente for, inclusive a classe média que antes achava aquele conteúdo cantado tão ofensivo.
Mas será que esse crescimento tão quantitativo também é qualitativo?
Ao mesmo tempo em que vemos de um lado Drik Barbosa falando sobre a importância da mulher no rap, Rincon Sapiência fazendo músicas como “Ponta de lança”que aumentam a auto estima do povo negro, vemos também em contraponto grupos e artistas tendo posições reacionárias e preconceituosas em pleno século XXI.
Isso se deu pela entrada de pessoas que não consomem a cultura, mas querem usar seu dinheiro para se apossar e lucrar com ela, já que o estilo musical só tende crescer (e nos Estados Unidos já se tornou o mais ouvido) e também pela desinformação de muitos dos novos rapper’s. Apesar disso o número de pessoas se movimentando e fazendo trabalhos positivos cresce cada vez mais e faz com que o rap, o Hip-Hop continue sendo uma ferramenta crucial na organização da população que vive nas favelas e subúrbios.
BandeirA1O07
Falar a realidade em uma musica , falar oque se passa na sociedade , falar oque acontece e oque deveria ser feito pra melhorar ! Também ajuda muito a bota na cabeça da pessoa pra ela n desistir , entre outras coisas .
Lista de comentários
Desde a década de 80 no Brasil, o Hip-Hop, em especial o rap, vem tocando na tecla sobre violência policial e ausência de saneamento básico e segue sendo uma ferramenta importantíssima na organização da população que vive nas mais precarizadas situações de Norte ao Sul do país. Artistas e grupos como Racionais MC’s, Facção Central, MV Bill, Dina Di entre outros deram voz epolitizaram a juventude que se encontrava onde durante muito tempo, e ainda atualmente, os movimentos sociais não conseguiam chegar.
A responsa hoje não mudou, nas periferias a juventude continua morrendo por violência policial, vivencia as guerras entre facções e seguem vivendo nos barracos de madeira porém apesar disso o rap conseguiu se ampliar. Hoje é comum ver assuntos como auto estima, romance e machismo sendo retratados nas letras.
Mas o quê mudou? O que explica de fato o rap ter salvo tantas vidas?
Não é de se espantar que existem jovens que muitas das vezes não escutam os próprios pais mas levam aquilo que seu rapper favorito fala a risca, e isso se dá pela linguagem que esse estilo musical apresenta e assim se identifica com a favela.
No princípio as letras que eram puro protesto chocavam a classe média pois relatam a realidade do cotidiano periférico, não à toa o grupo Facção Central e o rapper MV Bill tiveram voz de prisão por suas respectivas faixas “Isso aqui é uma Guerra” e “Soldado do Morro”, que segundo a justiça continha apologia ao crime.
Com o passar dos anos foram surgindo novos nomes como Emicida, Flora Matos, Projota, Rashid influenciados pelas gerações anteriores que levaram adiante os temas e incorporaram outros assuntos para além do crime e violência, a partir daqui o rap se tornou fonte de empoderamento da mulher, do negro, representatividade entre outros…
Verdade também é que os tempos mudaram, o rap acompanhou isso, agora é possível se dizer que todos consomem esse estilo musical, seja lá qual vertente for, inclusive a classe média que antes achava aquele conteúdo cantado tão ofensivo.
Mas será que esse crescimento tão quantitativo também é qualitativo?
Ao mesmo tempo em que vemos de um lado Drik Barbosa falando sobre a importância da mulher no rap, Rincon Sapiência fazendo músicas como “Ponta de lança”que aumentam a auto estima do povo negro, vemos também em contraponto grupos e artistas tendo posições reacionárias e preconceituosas em pleno século XXI.
Isso se deu pela entrada de pessoas que não consomem a cultura, mas querem usar seu dinheiro para se apossar e lucrar com ela, já que o estilo musical só tende crescer (e nos Estados Unidos já se tornou o mais ouvido) e também pela desinformação de muitos dos novos rapper’s. Apesar disso o número de pessoas se movimentando e fazendo trabalhos positivos cresce cada vez mais e faz com que o rap, o Hip-Hop continue sendo uma ferramenta crucial na organização da população que vive nas favelas e subúrbios.