2. “Não nos enganemos, a imagem que fazemos de outros povos, e de nós mesmos, está associada à
História que nos ensinaram quando éramos crianças. Ela nos marca para o resto da vida. Sobre essa
representação, que é para cada um de nós, uma descoberta do mundo e do passado e do passado das
sociedades, enxertam-se depois opiniões, ideias fugazes ou duradouras, como um amor [...] mas
permanecem indeléveis as marcas das nossas primeiras curiosidades, das nossas primeiras emoções.”
(FERRO, Marc. A manipulação da História no ensino e nos meios de comunicação).

Considerando o excerto acima e o que você estudou, podemos afirmar que:

a) A narrativa histórica trabalha com relatos fiéis dos acontecimentos do passado e o professor apenas
apresenta tais relatos.
b) A história ensinada nas escolas e veiculada nos livros didáticos é objetiva e sem contradições,
portanto, o aluno deve mesmo carregar para o resto da vida os conceitos transmitidos pelos seus
primeiros professores.
c) A narrativa histórica registra e transmite representações, isto é, construções simbólicas/visões, sobre
o mundo e as sociedades, e a escola reproduz tais representações que permanecem na memória dos
alunos.
d) Os conceitos históricos não tem a ver com construções de pensamento/representações, eles são
como fórmulas que os alunos apenas decoram.
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 1. "Perguntas de um Operário que Lê Quem construiu Tebas, a das sete portas? Nos livros vem o nome dos reis, Mas foram os reis que transportaram as pedras? Babilônia, tantas vezes destruída, Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas Da Lima Dourada moravam seus obreiros? No dia em que ficou pronta a Muralha da China, para onde foram os seus pedreiros? A grande Roma Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio Só tinha palácios Para os seus habitantes? Até a legendária Atlântida, Na noite em que o mar a engoliu Viu afogados gritar por seus escravos. O jovem Alexandre conquistou as Índias Sozinho? César venceu os gauleses. Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço? Quando a sua Invencível Armada se afundou Filipe de Espanha Chorou. E ninguém mais? Frederico II ganhou a guerra dos sete anos. Quem mais a ganhou? Em cada página uma vitória... Quem cozinhava nos festins? Em cada década um grande homem... Quem pagava as despesas? Tantas histórias, Quantas perguntas!” (BRECHT, Bertold. Disponível em: <http://www.recantodasletras.com.br/>. Acesso em: 22 abr. 2014)  Brecht, no poema acima, questiona a memória construída sobre monumentos e acontecimentos históricos. A visão histórica que o autor critica é:  a) A marxista que atribui aos sujeitos coletivos - classes sociais, povo -, o papel central na história e registra os seus feitos. b) A tradicional, também conhecida como positivista, que atribui aos heróis - reis, príncipes, generais -, papel central na história e preserva a memória de suas realizações. c) A Nova História que ampliou o entendimento dos sujeitos históricos considerando que o homem é o sujeito da história e que a história não pode ser apenas relato de datas e fatos isolados. d) A econômica, cujo foco está assentado na estrutura das sociedades que determina, em última instância, o desenvolvimento social. 
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