Revista de alunos dentro da escola fere estatuto da criança, critica especialista

O presidente do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente, Claudio Soriano, criticou a revista feita pela PM (Polícia Militar) nos alunos da Escola Estadual Geraldo Melo, em Maceió, e afirmou que a ação é desnecessária. “O problema não começa dentro da escola e sim nos arredores com a presença de traficantes e criminosos que aliciam os estudantes”, disse. Desde a última segunda-feira (24), os alunos da Escola Estadual Geraldo Melo são revistados antes do início das aulas por policiais militares. A medida foi adotada após reunião entre pais, professores, direção e conselho tutelar. Ele destacou que as fotos publicadas pelo jornal Gazeta de Alagoas, na última terça-feira (26), mostram os jovens rindo dos colegas revistados durante a ação de policiais dentro de uma das salas da escola. “Os alunos estavam rindo, e você não vê os revistados sorrindo. Aquilo é constrangedor”, disse, destacando que as imagens mostram claramente que os alunos revistados foram submetidos a constrangimento em público. Para o presidente do conselho, a escola perdeu o teor de instituição educacional ao obrigar os alunos serem tratados como criminosos expondo os estudantes a “abrirem pernas e braços para serem vasculhados em busca de drogas e armas igualando-os a criminosos” para poderem ser liberados a estudar.

A partir da notícia e do cartum acima, considere as afirmações a seguir, assinalando a alternativa correta:

Somente a polícia armada têm força e autoridade para conter a crescente onda de violência nas escolas públicas brasileiras.

A maioria dos estudantes de escolas públicas têm promovido situações de violência nas escolas, não deixando outra alternativa aos educadores.

O cartum expõe o contraste da força policial frente ao constrangimento da maioria dos estudantes que são revistados.

Uma vez que a violência começa dentro da escola, a revista policial é um instrumento essencial para garantir a segurança de professores e estudantes.

Não há intertextualidade entre a notícia e o cartum, visto que este último se refere apenas à conduta da polícia e não dos diretores e demais funcionários das escolas.