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“Internacionalização da Amazônia”
Em 1988, o maior empresário da colonização particular do Brasil, Ariosto da Riva, proprietário da Indeco S/A – Integração, Desenvolvimento e Colonização, denunciou ao Conselho de Segurança Nacional (CSN), a existência de um movimento, dentro e fora do país, em defesa da internacionalização da Amazônia (Jornal do Brasil, 14/10/88).
Já na década de 2000 em um debate ocorrido, em uma Universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque (PT), foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro.
Cristovam Buarque respondeu que “se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país”.
Desde então várias medidas governamentais, como o Programa Nossa Natureza do governo federal, foram tomadas a partir desta ampla divulgação midiática e de suas consequências.
Se a natureza é essencial para a permanência e sobrevivência do ser humano no planeta Terra, e a Amazônia constitui-se um patrimônio natural necessário para manutenção de diversas plantas e animais que se extintos podem comprometer todo o ecossistema.
A) A Amazônia é detentora de uma vastíssima região de aproximadamente 6,5 milhões de quilômetros quadrados, que abriga a maior reserva de biodiversidade e a maior bacia hidrográfica do mundo, escoando um quinto do volume de água doce, além de possuir quantidades incalculáveis de recursos minerais. Quase 4,2 milhões de quilômetros quadrados da Amazônia, ou seja, a maior parte do bioma e suas riquezas estão localizadas no território do brasileiro. Assim, por que tantos interesses em internacionalizar esse patrimônio natural?
Lista de comentários
Existem diversas razões que podem levar a interesses em internacionalizar a Amazônia. Alguns argumentam que a internacionalização poderia garantir a proteção e preservação da floresta, impedindo a exploração descontrolada de seus recursos naturais e a destruição de sua biodiversidade. Outros podem defender a ideia de que a Amazônia pertence a toda a humanidade e, portanto, deve ser compartilhada e gerida de forma coletiva.
No entanto, há também uma perspectiva crítica sobre a internacionalização da Amazônia. Muitos argumentam que essa proposta pode ser uma forma de interferência e ingerência externa no território e nos assuntos internos do Brasil, prejudicando a soberania nacional e a autonomia dos povos amazônicos. Além disso, a internacionalização pode abrir caminho para a exploração de recursos e apropriação de terras por empresas e governos estrangeiros, sem que os benefícios sejam compartilhados com as comunidades locais.
Em resumo, a internacionalização da Amazônia é um tema complexo e polêmico, que envolve questões políticas, econômicas, sociais e ambientais. É importante debater e avaliar cuidadosamente as possíveis consequências de qualquer decisão que afete esse patrimônio natural e cultural, considerando sempre a proteção dos direitos e interesses das populações locais e da humanidade como um todo.
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