A cibercultura
pode ser vista como herdeira legítima (embora distante) do projeto progressista
dos filósofos do século XVII. De fato, ela valoriza a participação das pessoas
em comunidades de debate e argumentação. Na linha reta das morais da igualdade,
ela incentiva uma forma de reciprocidade essencial nas relações humanas.
Desenvolveu-se a partir de uma prática assídua de trocas de informações e
conhecimentos, coisa que os filósofos do Iluminismo viam como principal motor
do progresso.

(...)
A cibercultura não seria pós-moderna, mas estaria inserida perfeitamente na
continuidade dos ideais revolucionários e republicanos de liberdade, igualdade
e fraternidade. A diferença é apenas que, na cibercultura, esses “valores” se
encarnam em dispositivos técnico concretos. Na era das mídias eletrônicas, a
igualdade se concretiza na possibilidade de cada um transmitir a todos; a
liberdade toma forma nos softwares de codificação e no acesso
a múltiplas comunidades virtuais, atravessando fronteiras, enquanto a
fraternidade, finalmente, se traduz em interconexão mundial.


LEVY, P.
Revolução virtual. Folha de S. Paulo. Caderno Mais, 16 ago. 1998,
p.3 (adaptado).


O
desenvolvimento de redes de relacionamento por meio de computadores e a
expansão da Internet abriram novas perspectivas para a cultura, a comunicação e
a educação.

De acordo
com as ideias do texto acima, a cibercultura:



Escolha uma:


a.
constituiu negação dos valores progressistas defendidos pelos filósofos do
Iluminismo.


b.
incorpora valores do Iluminismo ao favorecer o compartilhamento de informações
e conhecimentos.


c.
valorizou o isolamento dos indivíduos pela produção de softwares de
codificação.



d.
banalizou a ciência ao disseminar o conhecimento nas redes sociais.
Please enter comments
Please enter your name.
Please enter the correct email address.
You must agree before submitting.

Lista de comentários


Helpful Social

Copyright © 2024 ELIBRARY.TIPS - All rights reserved.