A construção teórica de E. Durkheim é bem definida a partir de dois elementos essenciais para se compreender os acontecimentos na sociedade. Tais elementos são o fato social e os fenômenos sociais. Vejamos o que nos diz Riutort (2008, p. 209) sobre a pesquisa desenvolvida por Durkheim: “[...] assim, ele observa, ao contrário daquilo que se costumava defender, que nas fases de prosperidade econômica, a taxa de suicídio aumenta sensivelmente. Ele também constata que no seio da população francesa, a taxa de suicídio é mais elevada entre os que exercem atividades industriais e comerciais do que entre os agricultores. Para Durkheim, é a amplidão das mudanças sociais produzidas pelos períodos de euforia econômica, com as expectativas que tais mudanças suscitam, e que, por sua vez, podem não ser atendidas, que explicam essa situação.” FONTE: RIUTORT, Philippe. Compêndio de sociologia. Tradução de Márcio Anatole de Sousa Romeiro. São Paulo: Paulus, 2008. Tomando como base a pesquisa empreendida por Durkheim, tendo em vista os dois elementos indicados, assinale a alternativa que indica respectivamente o fator social e o fenômeno social presentes no caso citado por Riutort: A) Respectivamente, a industrialização da sociedade anteriormente agrária é o fenômeno social, e o aumento da taxa de suicídio entre os indivíduos do campo é o fator social. B) Respectivamente, a euforia econômica causada pela industrialização é o fenômeno social, e a maior taxa de suicídio entre os cidadãos parisienses, em vista dos agricultores, é o fato social. C) Respectivamente, a saída do indivíduo da vida calma do trabalho no campo para o trabalho extenuante da indústria é o fator social, e o ato desesperado do suicídio é o fenômeno social. D) Respectivamente, a falha do indivíduo na concretização das perspectivas surgidas na atividade industrial é o fato social, e a ação extrema do suicídio, em vista desta falha, é o fenômeno social.