A filosofia vai encontrar-se, pois, ao nascer, numa posição ambígua: em seus métodos, em sua inspiração, aparentar-se-á ao mesmo tempo às iniciações dos mistérios e às controvérsias da ágora; flutuará entre o espírito de segredo próprio das seitas e a publicidade do debate contraditório que caracteriza a atividade política. Segundo os meios, os momentos, as tendências, ver-se-á que, como a seita pitagórica na Grande Grécia, no século VI, ela organiza-se em confraria fechada e recusa entregar à escrita uma doutrina esotérica. Poderá também, como fará o movimento dos Sofistas, integrar-se inteiramente na vida pública, apresentar-se como uma preparação ao exercício do poder na cidade e oferecer-se livremente a cada cidadão, mediante lições pagas a dinheiro. Dessa ambiguidade que marca a sua origem, a filosofia grega talvez jamais tenha se libertado inteiramente. O texto apresenta uma contradição que marca o surgimento da filosofia. Consequentemente, a figura do filósofo não se exime da contradição entre A líder espiritual e homem comum.
O texto sugere que a filosofia surgiu em uma posição ambígua, flutuando entre a inspiração dos mistérios e a atividade política. Portanto, a figura do filósofo não se exime da contradição entre o espírito de segredo próprio das seitas e a publicidade do debate contraditório que caracteriza a atividade política. Com base nisso, a opção que melhor reflete essa contradição é a letra B, "sábio privado e mestre público".
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O texto sugere que a filosofia surgiu em uma posição ambígua, flutuando entre a inspiração dos mistérios e a atividade política. Portanto, a figura do filósofo não se exime da contradição entre o espírito de segredo próprio das seitas e a publicidade do debate contraditório que caracteriza a atividade política. Com base nisso, a opção que melhor reflete essa contradição é a letra B, "sábio privado e mestre público".
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