Algumas reflexões empreendidas em nossa disciplina convergem para a presença da morfossintaxe nas aulas de Língua Portuguesa, em uma relação direta com o ensino.

Sobre esse tema, considerem a passagem a seguir:

Língua = gramática?

Não se deve ensinar a língua só com base na gramática. O estudo da gramática deve ser útil para mostrar como os textos funcionam, quais as pistas que um texto dá para que o leitor seja capaz de construir um sentido. Muito professor diz que baseia seu trabalho no texto, mas se limita a pedir ao aluno que destaque nos enunciados um dado número de substantivos ou de pronomes. Esquece, por exemplo, que os elementos de coesão, importantíssimos num texto, são todos gramaticais. É preciso priorizar a construção do texto, mas deve haver momentos de reflexão sobre os elementos da língua que permitem isso. Não se pode abandonar a gramática, nem haver só o ensino gramaticoide. O texto é como um crochê. Você dá o primeiro ponto, pega a agulha, puxa e dá outro, e assim vai. Quais elementos ajudam a puxar o primeiro ponto? Quais permitem costurar duas partes?

(KOCH, Ingedore. Língua = gramática? Mitos pedagógicos. Revista Língua Portuguesa, ed. 100, fev 2014.)

As ideias propostas pela autora evocam as polêmicas que pairam sobre o ensino de Língua Portuguesa na escola, sintetizadas na eterna pergunta: o que e como ensinar?
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