Ao lado do poeta, do adivinho e do rei da justiça, a Grécia arcaica possuía ainda um grupo de homens que têm o direito à palavra: os guerreiros. Ora, a palavra dos guerreiros é completamente da palavra inspirada, mágica e eficaz.

Em primeiro lugar, porque não é uma palavra solitária e unilateral, proferida por um Senhor da Verdade, mas é uma palavra compartilhada: é a palavra-diálogo. Em segundo, porque não é palavra de um grupo secreto de iniciados, mas uma palavra pública dita em público. Em terceiro, porque não é uma palavra religiosa, mas leiga e humana. Antes do combate, os guerreiros se reúnem num círculo, formam uma assembleia e discutem a repartição dos espólios, cada qual indo ao centro para exercer seu direito de falar e de escolher sua parte. Perante a assembleia, todo guerreiro pratica dois direitos: o da isegoria (o direito de falar e emitir opinião) e o da isonomia (todos os guerreiros são iguais perante a lei de seu grupo, lei feita pelo próprio grupo). Da assembleia dos guerreiros e da palavra-diálogo, pública e igualitária, nasce a pólis e é inventada a política.
O debate em assembleias era uma característica da prática da democracia na Grécia. Em uma situação de tomada de decisão no sistema democrático grego, a palavra possuía papel decisivo, pois
A
era crucial para o diálogo e o debate e, portanto, para a democracia.

B
por ser uma capacidade humana, era considerada política por natureza.

C
tornava todos os cidadãos iguais perante a lei da cidade-Estado.

D
concedia às mulheres da pólis o direito de exercer sua cidadania.

E
servia para persuadir os cidadãos a seguir as leis de um grupo.
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