(FURG-2010)
PAPEL DE CACA
Priscila Santos
Quem acompanha as invenções para diminuir o uso de recursos naturais volta e meia abre um sorriso diante de uma ideia brilhante – mesmo que, a princípio, pareça de se jogar fora.
Seguindo o exemplo de um projeto pioneiro do Centro de Conservação de Elefantes da Tailândia, a marca britânica The Great Elephant Poo Poo Paper fabrica papéis reciclados usando a fibra encontrada no poo (cocô) dos trombudos. Muito lógico: os elefantes digerem apenas 60% dos 130 a 270 quilos de comida que abocanham diariamente. Logo, eliminam todo dia cerca de 100 quilos de caquinha riquíssima em fibras vegetais, fonte de celulose, devido a sua dieta vegetariana. O material é coletado em centros de pesquisa de elefantes, lavado, esterilizado e misturado a outras fibras, como as da bananeira e do abacaxi. Depois, é seco e cortado em folhas que viram itens de papelaria. Parte do lucro é revertido ao estudo e preservação dos paquidermes. A ideia, que ainda impede o corte de árvores, vem se alastrando.
Já existe papel feito de caca de ovelhas e renas no País de Gales, de ursos pandas da Tailândia e, em breve, da China. Até o cocô de cangurus foi testado na Tasmânia. Agora, a pergunta que não cala: e fede? Os fabricantes juram que não. Só se for aroma floral, como o de uma edição de outra marca britânica. “Agora podemos orgulhosamente alardear que somos a única companhia do mundo cuja caca literalmente cheira a rosas”, dizem.
Vida Simples, abril de 2009, p. 15
Segundo o autor, o excremento dos elefantes é visto
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